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José Magalhães alega que referência a “casa de bondage” em Bruxelas não se dirigia a Paulo Rangel

Referência do deputado socialista a práticas de sadomasoquismo na capital belga gerou indignação nas redes sociais. E José Magalhães escreveu mais tarde que se tratava de “uma extropolação virtual hipotética sem destinatário”.
  • José Magalhães
6 Setembro 2021, 17h27

O deputado socialista José Magalhães recorreu nesta segunda-feira à sua conta de Twitter para garantir que um comentário que fizera pouco antes na mesma rede social, sobre o que iria acontecer quando Paulo Rangel revelasse que “gosta de uma certa casa de Bruxelas onde se pratica bondage e S&M”, não se dirigia ao eurodeputado social-democrata e não era mais do que “uma extropolação virtual hipotética sem destinatário”.

O tweet surgiu após o seu comentário à partilha, pela jornalista Rita Marrafa de Carvalho, de uma notícia sobre a entrevista em que Paulo Rangel revelou publicamente ser homossexual gerar uma onda de indignação nas redes sociais contra José Magalhães, que há meses voltou a ganhar especial notoriedade por ser o autor da Carta Portuguesa dos Direitos Humanos na Era Digital.

Um dos primeiros a reagir a José Magalhães, que terminou o seu comentário à partilha da notícia perguntando se “a onda de chicotadas vai inundar as redes”, foi Duarte Marques. Além de considerar que a referência à “casa de Bruxelas” era provavelmente mentira, o deputado social-democrata acrescentou que Paulo Rangel “pelo menos nunca escreveu como um javardo, nunca usou dinheiros públicos para fazer obras maçónicas nem nunca foi metido fora de casa”.

Entre as reações ao tweet de José Magalhães, o comentador Daniel Oliveira perguntou ao deputado socialista se “não tem ninguém ao seu lado que lhe tire o computador das mãos”.

E a eurodeputada social-democrata Lídia Pereira escreveu que “a forma pestilenta de estar na política do José Magalhães fala por si”, acrescentando que o veterano da Assembleia da República, onde já representou o PCP e o PS, “conspurca a classe política”.

Pouco antes, depois de Rita Marrafa de Carvalho escrever que não conseguia entender o objetivo da resposta do deputado socialista à partilha que fizera, realçando que o fizera apenas por a notícia ter o termo “opção sexual” no título – e de perguntar “porque carga de água se extrapola para esse tipo de cenários e comentários” -, José Magalhães respondera: “Claro que é uma sacanice.”

Não esclareceu, no entanto, se a “sacanice” tinha a ver com o título da notícia sobre a entrevista de Paulo Rangel ou com a sua referência, mais tarde reduzida a uma “extrapolação virtual hipotética sem destinatário”, a um imóvel na capital belga onde supostamente ocorrerão práticas sadomasoquistas.

 

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