O deputado socialista José Magalhães recorreu nesta segunda-feira à sua conta de Twitter para garantir que um comentário que fizera pouco antes na mesma rede social, sobre o que iria acontecer quando Paulo Rangel revelasse que “gosta de uma certa casa de Bruxelas onde se pratica bondage e S&M”, não se dirigia ao eurodeputado social-democrata e não era mais do que “uma extropolação virtual hipotética sem destinatário”.
O tweet surgiu após o seu comentário à partilha, pela jornalista Rita Marrafa de Carvalho, de uma notícia sobre a entrevista em que Paulo Rangel revelou publicamente ser homossexual gerar uma onda de indignação nas redes sociais contra José Magalhães, que há meses voltou a ganhar especial notoriedade por ser o autor da Carta Portuguesa dos Direitos Humanos na Era Digital.
Um dos primeiros a reagir a José Magalhães, que terminou o seu comentário à partilha da notícia perguntando se “a onda de chicotadas vai inundar as redes”, foi Duarte Marques. Além de considerar que a referência à “casa de Bruxelas” era provavelmente mentira, o deputado social-democrata acrescentou que Paulo Rangel “pelo menos nunca escreveu como um javardo, nunca usou dinheiros públicos para fazer obras maçónicas nem nunca foi metido fora de casa”.
Antes que a Comissão Política Nacional do PSD repudie veementemente a minha observação sobre a frequência de casas de bondage e SM em Bruxelas venho declarar que se trata de uma extrapolação virtual hipotética sem destinatário. Honni soit qui mal y pense.
— Jose Magalhaes (@zmaglh) September 6, 2021
Entre as reações ao tweet de José Magalhães, o comentador Daniel Oliveira perguntou ao deputado socialista se “não tem ninguém ao seu lado que lhe tire o computador das mãos”.
E a eurodeputada social-democrata Lídia Pereira escreveu que “a forma pestilenta de estar na política do José Magalhães fala por si”, acrescentando que o veterano da Assembleia da República, onde já representou o PCP e o PS, “conspurca a classe política”.
Pouco antes, depois de Rita Marrafa de Carvalho escrever que não conseguia entender o objetivo da resposta do deputado socialista à partilha que fizera, realçando que o fizera apenas por a notícia ter o termo “opção sexual” no título – e de perguntar “porque carga de água se extrapola para esse tipo de cenários e comentários” -, José Magalhães respondera: “Claro que é uma sacanice.”
Não esclareceu, no entanto, se a “sacanice” tinha a ver com o título da notícia sobre a entrevista de Paulo Rangel ou com a sua referência, mais tarde reduzida a uma “extrapolação virtual hipotética sem destinatário”, a um imóvel na capital belga onde supostamente ocorrerão práticas sadomasoquistas.
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