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Jovens portugueses vão ser ouvidos no tribunal europeu dos Direitos Humanos na quarta-feira

Os jovens portugueses iniciaram um processo contra 32 países, por estas nações não cumprirem com as metas para terminar com o aquecimento global, e portanto, estarem a violar os direitos humanos. O julgamento vai ter inicio na próxima quarta-feira na sede do tribunal em Estrasburgo.
23 Setembro 2023, 09h48

Um grupo de jovens portugueses vai levar na próxima quarta-feira 32 países, incluindo o Reino Unido, ao tribunal Europeu dos Direitos Humanos (TEDH)sociedade, por causa das ações climáticas, argumentando que as políticas das nações para combater o aquecimento global são inadequadas e violam as suas obrigações em matéria de direitos humanos, segundo o jornal ‘The Guardian’.

Este é o maior caso climático alguma vez levado cabo em todo o mundo. O Reino Unido argumenta em sua defesa que está a tomar medidas a nível mundial para combater as alterações climáticas com uma meta juridicamente vinculativa de atingir as emissões zero até 2050.

O primeiro-ministro do Reino Unido, Rishi Sunak, descartou as principais medidas do plano apresentado por Boris Johnson para o país atingir uma revolução industrial verde, sendo que uma das medidas proposta era a proibição da venda de novos automóveis a gasolina e diesel em 2030 e a política de eliminação progressiva da instalação de caldeiras a gás até 2035.

Os advogados dos jovens portugueses vão apresentar provas de que as políticas dos países em causa estão a fazer com que o mundo vá no caminho do aumento da temperatura global em 3ºCelsius e argumentar que a falta de ação rápida por parte dos governos é uma violação dos direitos humanos.

Com idades entre os 11 e os 24 anos os jovens portugueses afirmam que foram levados a agir depois dos incêndios em Leiria de 2017, que mataram 66 pessoas e destruíram 20 mil hectares de floresta. Este grupo é financiado por pessoas de todo o mundo, tendo já angariado cerca de 114 mil euros e procuram uma decisão vinculativa dos juízes para forçar os países a aumentar rapidamente as suas reduções de emissões.

A ação judicial é contra a Áustria, Bélgica, Bulgária, Chipre, República Checa, Alemanha, Grécia, Dinamarca, Estónia, Finlândia, França, Croácia, Hungria, Irlanda, Itália, Lituânia, Luxemburgo, Letónia, Malta, Países Baixos, Noruega, Polónia, Portugal, Roménia, Rússia, Eslováquia, Eslovénia, Espanha, Suécia, Suíça, Reino Unido, Turquia e Ucrânia.

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