A ‘yield’ das Obrigações portuguesas a 10 anos continua a subir pelo terceiro dia consecutivo, acompanhando a escalada do prémio de risco nas demais yields à escala global, com receios que as futuras políticas comerciais protecionistas e de investimento público de Donald trump possam vir a causar um aumento de inflação. A inflação é vista tradicionalmente como uma das principais penalizadoras do retorno no mercado de ‘fixed income’.
Uma das primeiras consequências da vitória de Donald Trump foi a subida das ‘yields’ americanas. O mercado americano de dívida é o maior do mundo e os seus movimentos influenciam os restantes mercados obrigacionistas. Assim, desde 4ª feira que se tem assistido a uma subida generalizada das yields mundiais, “um movimento que ganha uma maior expressão nos países em que a dívida pública é elevada (Espanha, Itália e Portugal)”, refere o BPI.
A agência DBRS afirmou ao Observador, que estaria confortável desde que as taxas não superassem os 3,5% e, sobretudo, os 4%. A partir desta última fasquia, o Observador salienta que “a preocupação da agência tornar-se-ia ainda mais grave.”
No entanto, o vice-presidente do Banco Central Europeu Vitor Constâncio, disse hoje que o banco central não precisa de reagir especificamente à recente subida das ‘yields’, pois é global e vai beneficiar o sector financeiro, informa a Reuters.
A ‘yield’ da dívida portuguesa a dez anos, negoceia a subir 12,4 pontos base para 3,621%, mas já bateu nos 3,683%, um máximo dos últimos nove meses. Esta semana Portugal volta aos mercados para se financiar até 1.500 milhões de euros em dívida de curto prazo.
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