O ex-banqueiro espanhol Mario Conde e seis outras pessoas, entre as quais a filha Alexandra e o genro Fernando Guash Vega-Penichet, director-geral para Espanha do Caixa Banco de Investimento (CaixaBI, banco de investimento do grupo CGD) foram, ontem, detidos pelas autoridades espanholas.
A operação Fénix que visa transferências maciças para Espanha de dinheiro de contas na Suíça e noutros países alegadamente relacionados com o desvio de fundos do antigo banco Banesto, a que Mario Conde presidiu.
Segundo o jornal El País, Conde terá, nos últimos anos, conseguido repatriar para Espanha cerca de 14 milhões de euros de dinheiro que desviou do Banesto através da prestação fictícia de serviços entre empresas sedeadas no país vizinho e no estrangeiro e de aumentos de capital fantasmas.
Este jornal explica que o repatriamento de capitais tem sido feito através de alegados testas-de-ferro como a sua filha e alguns funcionários.
Mario Conde foi um dos arquitetos da engenharia financeira em Espanha que proliferou com a entrada do país na Comunidade Económica Europeia (mais tarde União Europeia). Advogado de Estado com muito boa pinta, Conde desferiu o primeiro golpe com o sócio Juan Abelló em 1987 com a venda da empresa farmacêutica Antibióticos, por 58.000 milhões de pesetas (350 milhões de euros). Com esse dinheiro, os dois parceiros entraram no Banesto.
O Banesto chegou a deter em Portugal o antigo Banco Totta, mais tarde comprado pelo Santander.
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