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Lacerda Machado diz que “só a China e mais ninguém” quis investir em Portugal durante a crise

O presidente da Comissão de Estratégia da TAP, Diogo Lacerda Machado, defende que a China tem contribuído decisivamente para a construção de um espaço de comércio mundial livre e para a libertação de vários países da pobreza e subdesenvolvimento, tendo sido um parceiro essencial para a recuperação económica e financeira de Portugal.
Lacerda Machado
2 Dezembro 2019, 13h56

O presidente da Comissão de Estratégia da TAP, Diogo Lacerda Machado, afirmou esta segunda-feira que “só a China e mais ninguém” quis investir em Portugal durante a crise. Diogo Lacerda Machado defende que a China tem contribuído decisivamente para a construção de um espaço de comércio mundial livre e para a libertação de vários países da pobreza e subdesenvolvimento.

“A República Popular da China tornou-se um agente referencial no esforço comum pela construção de um espaço de comércio livre, à escala mundial, que aproxima ainda mais os povos e proporciona aos menos afortunados as oportunidades de que já puderam libertar outros da pobreza e do subdesenvolvimento”, afirmou Diogo Lacerda Machado, no seminário de comunicação e cooperação financeira internacional da iniciativa “Faixa e Rota”, promovido pelo Bank of China.

Diogo Lacerda Machado considera que, depois de uma fase de abertura ao investimento direto estrangeiro, a “emergência da República Popular da China veio conduzir naturalmente a fases sucessivas de internacionalização da economia”, a que se seguiram “fases de uma imensurável projeção internacional do potencial económico chinês”.

O presidente da Comissão de Estratégia da TAP diz que foi na mais recente fase de projeção internacional da economia da China que houve uma multiplicação dos investimentos chineses em todo o mundo, inclusive em Portugal. “Foram investimentos feitos num tempo muito difícil para a economia portuguesa, em que mais ninguém se aproximava dela”, indica.

O administrador recordou que, ainda antes de a China entrar em força no mercado português, tinha recomendado, uma cooperação estratégica com o país, no âmbito do novo plano estratégico para a EDP, mas apenas ouviu “comentários a ridicularizar ideia”.

“Em dezembro de 2011, enquanto membro do conselho geral e de supervisão da EDP, tive a satisfação pessoal de ter de justificar a minha preferência fundamentada pela proposta de parceira estratégica apresentada pela China Three Gorges no processo de privatização então em curso. Repito: foi um tempo em que só a China e mais ninguém se aproximou da economia portuguesa”, sublinha.

Diogo Lacerda Machado defendeu ainda que a cooperação entre Portugal e China devem ser levadas “ainda mais longe” e a região administrativa de Macau deve ser encarada como uma “plataforma de convergência económica e financeira” entre os dois países.

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