Christina Lagarde avisa que a passagem para a estratégia que se seguirá após o apoio monetário atualmente em vigor envolverá provavelmente menos consensos do que se verificou nos últimos meses, incluindo na definição dos novos objetivos de política monetária no bloco europeu.
Na antecâmara da reunião desta quinta-feira entre os responsáveis pelos bancos centrais de cada Estado-membro, a presidente do Banco Central Europeu (BCE) revelou este domingo não estar à espera de consensos absolutos a cada encontro deste tipo, antecipando “algumas variações e algumas mudanças de posicionamento” por parte de cada país no futuro imediato, isto numa entrevista ao Financial Times (FT). Ainda assim, Lagarde considera estas situações normais.
O FT salienta que a decisão de terminar o atual apoio monetário de resposta pandémica constituirá o primeiro teste de fogo à política do BCE, bem como à capacidade de Lagarde navegar por entre as várias posições dentro da UE relativamente a este assunto.
“Perante um choque [económico] adverso, temos esta resposta especialmente agressiva porque não queremos ficar encurralados”, explicou a presidente da autoridade monetária europeia, acrescentando que o facto das taxas de juro se encontrarem tão próximas do seu limite inferior implica uma maior duração desta política.
Lagarde admitiu ainda que o BCE tem olhado para vários instrumentos de política monetária, incluindo as transferências diretas às famílias, como forma de estímulo à economia europeia, mas que este foi um exercício meramente intelectual, não descortinando qualquer intenção de adotar ou não a medida.
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