O preço das laranjas tem vindo a aumentar nos últimos meses e, consequentemente, também o preço do sumo extraído deste fruto. Os preços do sumo atingiu novos máximos históricos durante esta semana, numa altura em que as a doença dos citrinos e alterações climatéricas têm afetado os principais exportadores.
A escalada de preços está a empurrar a indústria para o ‘modo crise’, forçando alguns produtores a considerar frutas alternativas.
O Brasil, responsável por 70% da produção mundial de laranja, registou fortes problemas com as colheitas nos últimos três anos, o que afetou a produção. Só este ano, estima-se que a produção de laranja no Brasil diminua 24% quando comparada com o ano passado, devido às ondas de calor mais frequentes e seca extrema.
Nos Estados Unidos, mais concretamente na Florida, os hectares de produção de laranjas têm sido afetados desde 2022 com furacões e vagas de frio. Estes efeitos climáticos levaram a que o segundo produtor mundial visse um aumento do preço.
Os futuros dos preços do sumo de laranja atingiram os 4,95 dólares por libra-peso (453 gramas por libra), um máximo histórico nunca visto. Trata-se do dobro do preço em relação ao ano passado.
“Isto é uma crise. Nunca vimos nada assim, mesmo durante prolongadas vagas de frio ou como consequência de grandes tornados”, apontou Kees Cools, presidente da Associação Internacional de Sumos de Frutas e Vegetais ao “Financial Times”.
Em alternativa, muitos produtores têm apostado em tangerinas por as árvores serem mais resistentes às alterações climáticas. No entanto, há a problemática das mudanças legislativas na agência alimentar da ONU e em cada país, de forma a que o sumo de laranja possa incorporar outros citrinos, como a tangerina.
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