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Legislativas: Montenegro e Pedro Nuno em aberta divergência sobre gestão política do apagão

O primeiro-ministro e líder da AD – coligação PSD/CDS-PP para as eleições de 18 de maio próximo referiu que, na segunda-feira, o seu Governo coordenou as operações na dimensão técnica para cortar a ligação com Espanha, que esteve na origem do corte de fornecimento de eletricidade, e na retoma tão breve quanto possível do abastecimento aos portugueses.
O primeiro-ministro, Luís Montenegro (D) e o secretário-geral do Partido Socialista (PS), Pedro Nuno Santos (E), momentos antes de um encontro no âmbito das negociações do Orçamento do Estado para 2025, na residência Oficial de S. Bento, em Lisboa, 3 de outubro de 2024. MIGUEL A. LOPES/LUSA
30 Abril 2025, 21h29

O presidente do PSD e o secretário-geral do PS estiveram hoje em divergência sobre a gestão do apagão de segunda-feira, com Luís Montenegro a defender que houve eficácia e Pedro Nuno Santos a apontar falta de coordenação.

Esta foi a primeira questão colocada no frente-a-frente televisivo entre os líderes dos dois maiores partidos, transmitido em simultâneo por RTP, SIC e TVI a partir das instalações do Campus de Carcavelos da Universidade Nova de Lisboa.

O primeiro-ministro e líder da AD – coligação PSD/CDS-PP para as eleições de 18 de maio próximo referiu que, na segunda-feira, o seu Governo coordenou as operações na dimensão técnica para cortar a ligação com Espanha, que esteve na origem do corte de fornecimento de eletricidade, e na retoma tão breve quanto possível do abastecimento aos portugueses.

Defendeu que o executivo comunicou logo após o apagão pelo ministro da Presidência, que o Conselho de Ministros esteve reunido 12 horas e que ele próprio falou ao país por volta das 15:00. Em simultâneo, segundo Luís Montenegro, houve uma preocupação em manter as infraestruturas críticas, ativando planos de contingência e de emergência.

“Isso resultou tanto que nós tivemos zero mortes na sequência direta da falha de energia elétrica, ao contrário do que aconteceu em Espanha”, disse.

“O Governo atuou com força e eficácia”, sustentou.

Uma posição que mereceu o desacordo do secretário-geral do PS, que acusou o Governo de ter falhado na comunicação e na coordenação ao longo das horas em que o país esteve sem eletricidade.

“Deixou os autarcas entregues à sua sorte, sozinho”, contrapôs.

Pedro Nuno Santos considerou que era essencial que, logo após o apagão, o primeiro-ministro tivesse convocado o Sistema de Segurança Interna, onde estão representadas entidades como a Proteção Civil, as forças de segurança, a PJ e Forças Armadas, além de membros do Governo.

“O Governo falhou na sua missão”, acusou, com Luís Montenegro a dizer que o líder socialista “não tem autoridade” para dizer isso, dando então como exemplo a forma como Pedro Nuno Santos se comportou enquanto ministro, acusando-o de “falta de serenidade e de entrosamento” dentro do executivo de António Costa.

Pedro Nuno Santos responde recordando a forma como atuou, enquanto ministro, perante “a crise da greve dos motoristas de matérias perigosas”, assim como durante a pandemia da covid-19.

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