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Leilão eólico offshore arranca no primeiro semestre. Concurso para pesquisa de lítio sem data

Ministra do Ambiente revelou hoje as datas previstas para o leilão eólico offshore.
19 Dezembro 2024, 21h26

A primeira fase do leilão eólico offshore arranca no primeiro semestre do próximo ano, revelou hoje a ministra do Ambiente e da Energia.
O leilão do espaço marítimo terá assim lugar até junho, onde as empresas vão pesquisar as condições das áreas, para poderem fazer as suas contas antes de licitar o preço na segunda fase. Mas antes o Governo vai definir as zonas marítimas a concurso.
“Há uma fase que é no princípio do ano, porque já foi a reunião de secretários de Estado, e deve ir muito em breve a Conselho de Ministros, para a definição das áreas das zonas marítimos. Ficamos com as áreas potenciais definidas”, explicou hoje Maria da Graça Carvalho num encontro com jornalistas em Lisboa.
“A partir daí, há um primeiro leilão. Depois há um segundo para a parte da energia”, afirmou referindo-se à segunda fase em que serão estabelecidos o valor a pagar no âmbito dos contratos CfD.
A ministra do Ambiente também adiantou que ainda não existe uma data definida para o lançamento das seis áreas de pesquisa e prospeção de lítio.
“A Direção-Geral de Energia e Geologia é que tem essa responsabilidade. Está a olhar para os vários processos. Vamos ver qual a decisão que a DGEG nos vai apresentar”, afirmou.

No lítio, o executivo quer (finalmente) lançar a concurso as seis áreas de lítio que ficaram na gaveta desde 2018 pelo Governo de António Costa:

  • Masseieme (Pinhel, Trancoso, Mêda, Almeida)
  • Guarda-Mangualde C
  • Guarda-Mangualde E
  • Guarda-Mangualde W
  • Guarda-Mangalde NW
  • Seixoso Vieiros (Fafe, Felgueiras, Amarante, Guimarães, Mondim de Basto e Celorico de Basto)
  • O que é um leilão eólico offshore em duas fases?

    O Estado começa por alugar as áreas selecionadas por um determinado período de tempo para os promotores as estudarem, mediante o pagamento de uma garantia.

    Só depois é realizado um leilão para os contratos por diferenças (CfD) que permite assegurar uma receita previsível a quem investir no local. Para os promotores que defendem as duas fases, uma das grandes questões é que a tecnologia flutuante ainda não está suficientemente desenvolvida e que o estudo da área com tempo permite prever melhor possíveis receitas, o que será crucial para obter financiamento.

    No caso de um leilão por uma fase, isto permite acelerar o processo, com o leilão a ficar concluído mais depressa, mas com risco mais elevado, o que pode inflacionar os preços, ou deixar o leilão deserto se os CfD não compensarem o risco.

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