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Leilão offshore vai ser lançado este ano, mas vencedores só serão conhecidos depois

A primeira fase do leilão eólico marítimo vai ser lançada na reta final de 2023, mas só será concluída mais tarde.
30 Maio 2023, 12h04

O leilão éolico offshore vai ser lançado na reta final deste ano, mas os vencedores só serão conhecidos mais tarde, disse esta terça-feira a secretária de Estado da Energia.

Ana Fontoura Gouveia voltou a dar a garantia de que o Governo pretende lançar o leilão de forma faseada. O primeiro procedimento vai ter lugar este ano, com esta primeira fase a ter mais de um gigawatt, sendo previsível que as primeiras áreas a leiloar serão as localizadas no norte do país, onde existe mais vento.

O Governo aguarda pelas conclusões do grupo de trabalho para a energia offshore cujos trabalhos terminam esta semana. Depois, irá trabalhar para montar o leilão durante o verão, para o concurso ser lançado na reta final de 2023.

Recorde-se que o Governo português tem o objetivo de colocar em marcha 10 gigawatts de energia eólica offshore até 2030.

As primeiras áreas a avançar poderão ser Viana do Castelo, Figueira da Foz (dois lotes) e Sines (ainda a confirmar), num total de dois gigawatts, conforme apontou o diretor-geral da DGRM na semana passada.

O grupo de trabalho para o planeamento e operacionalização de centros eletroprodutores baseados em fontes de energias renováveis de origem ou localização oceânica tem até ao dia 31 de maio para entregar o seu relatório. Serão a partir destas conclusões que o Governo vai definir as regras do leilão.

Estes 10 gigawatts de eólica offshore vão necessitar de 30 a 40 mil milhões de euros de investimento, sendo a maior fatia do valor total de 60 mil milhões de euros previstos em investimentos no sector energético até 2030.

Das oito áreas previstas atualmente pelo Governo, duas destinam-se a instalar tecnologia fixa: as bases dos aerogeradores são fixados ao fim do mar, em zonas onde a profundidade máxima atinge os 50 metros: Matosinhos (181 km2 para instalar 995 megawatts) e a área de jurisdição portuária do porto de Sines (10 km2 para instalar 53 megawatts). Estas duas áreas contam com um total de 191 km2 para instalar mais de mil megawatts.

Seguem-se as seis áreas para instalar centrais flutuantes em locais onde as profundidades variam entre os 75 metros e os 200 metros) que vão de Viana do Castelo até Sines num total de 3.200 km2, numa potência de 10 gigawatts. A saber: Viana do Castelo (663 km2 para dois gigawatts), Leixões (463 km2 para 1,5 gigas), Figueira da Foz (1.238 para 4 gigas), Ericeira (256 km2) e Sintra/Cascais (84 km2) para 1 gigawatt, e Sines (499 km2 para 1,5 gigas).

E qual a distância mínima que estas áreas ficam de terra? Viana do Castelo (18,9 kms), Leixões (37,5 kms), Figueira da Foz (35 kms), Ericeira (10,5 kms), Sintra/Cascais (10,6 kms), Sines área norte (16,5), Sines área sul (15,5 kms), Matosinhos (3,5 kms), Sines (área de jurisdição portuária (1,8 kms).

 

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