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Líder do Chega apresenta demissão e convoca eleições

A escolha de Ventura sucede a decisão do Tribunal Constitucional, na quinta-feira, que declarou ilegais estatutos aprovados pelo Chega.
1 Outubro 2021, 16h31

O presidente do Chega, André Ventura, anunciou, esta sexta-feira, que vai apresentar a demissão e convocar novas eleições para a direção do partido.

A decisão de Ventura sucede à decisão do Tribunal Constitucional (TC), na quinta-feira, que declarou ilegais estatutos aprovados pelo Chega. O TC decretou que todos os atos do partido estão ilegais desde setembro de 2020.

“Apresentarei hoje a minha demissão ao presidente da mesa nacional para provocar novas eleições diretas no partido, mesmo não sendo clara a decisão do Tribunal Constitucional de que a eleição direta do partido onde está colocado em causa”, referiu Ventura em conferência de imprensa.

Ventura diz que ontem a direção nacional do partido reuniu-se e escolheu “não correr mais riscos nesta matéria” e considerou que o Chega não “pode perder mais tempo com imbróglios jurídicos”. “Estamos a ser alvo de perseguição das instituições”, acrescentou.

“Pedirei ao presidente da mesa e ao órgão máximo do partido entre congressos que convoque novas eleições para a presidência do partido no prazo mais breve possível. As diretas do partido pediremos à mesa que se realizem no final deste mês ou no inicio do próximo mês de novembro”, informou Ventura.

Esta não é a primeira vez que André Ventura apresenta a sua demissão do partido. Em dezembro de 2020, André Ventura garantia que se demitia do cargo caso ficasse atrás de Ana Gomes nas próximas eleições presidenciais de 24 de janeiro.

Depois de apurados resultados, André Ventura ficou em terceiro lugar, nas eleições presidenciais, enquanto Ana Gomes ficou em segundo. Apesar de ter enaltecido o crescimento do seu partido nas presidenciais, no discurso em reação aos resultados, Ventura também avançou que iria convocar eleições no partido, na qual foi reeleito presidente do Chega.

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