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Líderes da UE em Copenhaga para reforçar apoio à Ucrânia e iniciar ‘muro de drones’

A reunião é informal, pelo que não são esperadas conclusões concretas desta discussão política, que terá início pelas 13:00 locais (12:00 em Lisboa). O primeiro-ministro, Luís Montenegro, participa na reunião.
1 Outubro 2025, 09h42

O Conselho Europeu debate hoje, em Copenhaga, o reforço da arquitetura de segurança da União e o apoio à Ucrânia, quando começa a desenhar-se um ‘muro de drones’ no flanco leste europeu para impedir incursões russas.

A reunião é informal, pelo que não são esperadas conclusões concretas desta discussão política, que terá início pelas 13:00 locais (12:00 em Lisboa). O primeiro-ministro, Luís Montenegro, participa na reunião.

 A discussão vai estar centrada em duas questões: o reforço da arquitetura de segurança da União Europeia (UE), para se adaptar ao que o bloco político-económico europeu denominou de “ameaças híbridas”, e o apoio à Ucrânia, depois de se desvanecerem as esperanças de um cessar-fogo a curto prazo para o conflito causado pela invasão russa em fevereiro de 2022.

A discussão sobre a defesa da UE vai marcar o arranque dos trabalhos e será acompanhada por um documento que a Comissão Europeia divulgou na tarde de segunda-feira, com linhas orientadoras para os 27 países do bloco comunitário europeu.

A prioridade, no imediato, é a construção de um ‘muro de drones’ (aeronaves pilotadas remotamente) que esteja à disposição de todos os Estados-membros e que seja versátil na sua utilização.

Mas a ameaça premente é no flanco leste, com as incursões de drones e aeronaves ao espaço aéreo da Polónia, Roménia – já confirmados, com origem russa – e, mais recentemente, Dinamarca.

Neste contexto securitário, em que a Comissão Europeia dramatizou e acusou Moscovo de estar a avaliar até onde pode ir, os presidentes e primeiros-ministros dos 27 Estados-membros discutirão como é que podem ser ultrapassadas as debilidades em matéria de Defesa, nomeadamente a indústria de Defesa depauperada em alguns países, as necessidades de aquisição conjunta e de estar a par do desenvolvimento tecnológico.

A discussão sobre a Ucrânia vai olhar para um horizonte de conflito mais alargado, depois da esperança no verão de haver um acordo para um cessar-fogo, na sequência da mediação dos Estados Unidos da América, que acabou por se esbater.

O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, participa na reunião por videoconferência.

Nesse sentido, os líderes dos 27 países da UE vão abordar de que maneira é que podem utilizar e rentabilizar as receitas dos bens russos imobilizados nos Estados-membros do bloco europeu.

A reunião realiza-se em Copenhaga, no âmbito da presidência dinamarquesa do Conselho da UE, que se prolonga até ao final de 2025.

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