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Lisboa abre na linha d’água. Ibersol dispara mais de 6% e Galp pressiona

Com exceção do Reino Unido, todas as praças europeias marcam um avanço pela abertura. Lisboa está a ser impulsionado pelo BCP e pela Ibersol.
PSI bolsa de Lisboa mercados
20 Agosto 2024, 08h12

A bolsa de Lisboa está a abrir as negociações desta terça-feira na linha d’água, com o PSI a valorizar 0,02% para 6.725,10 pontos.

A Ibersol é a cotada que está a tentar impulsionar fortemente a bolsa de Lisboa. A dona da Pizza Hut e Taco Bell avança 6,41% para 7,64 euros, enquanto as restantes cotadas negoceiam abaixo de 1%.

A subida superior a 6% da Ibersol acontece num momento em que a empresa revelou estar a recomprar várias ações próprias.

O BCP mantém a subida observada ao dia de ontem, estando hoje a crescer 0,72% para 0,4033 euros, alcançando a sua maior avaliação bolsista dos últimos oito anos. Os CTT somam 0,35% para 4,30 euros, a Mota-Engil avança 0,23% para 3,52 euros, a Navigator aprecia 0,16% para 3,69 euros e a Nos cresce 0,14% para 3,51 euros.

Em sentido contrário, a Galp afunda 1,18% para 19,21 euros. Queda esta seguida por um recuo de 0,90% para 8,82 euros da Corticeira Amorim, ao passo que a Altri desce 0,12% para 4,89 euros.

Com exceção do Reino Unido, todas as praças europeias marcam um avanço pela abertura. A Alemanha ganha 0,24%, França cresce 0,17%, Espanha avança 0,28%, Itália sobe 0,34% e o Reino Unido desliza 0,32%. O Euro Stoxx 50 segue a valorizar 0,36% para 4.889,65 pontos.

O petróleo continua a perder valor. O brent está a descolar 0,77% para 77,06 dólares, enquanto o crude deprecia 0,81% para 73,06 dólares. O gás natural está apresentar o mesmo rumo, numa descida de 0,89% para 2,229 dólares.

Ainda nos commodities, o ouro continua a ganhar terreno, de forma consistente. O metal amarelo cresce 0,11% para 2.544,10 dólares por onça. O analista Chris Weston da Pepperstone, indica que o discurso de Jerome Powell em Jackson Hole poderá ser “a mina terrestre que vai abalar as taxas dos EUA e provará ser o grande risco que impulsiona o metal amarelo”. No entanto, o responsável de pesquisa da Pepperstone indica que há outros fatores a ter em conta, nomeadamente a China.

Já o analista Antonio Ernesto Di Giacomo lembra que o ouro ultrapassou os 2.500 dólares por onça, “pela primeira vez na história” na passada sexta-feira, sendo que este recorde “marca um momento crucial no contexto económico global, destacando um aumento na incerteza e a fuga dos investidores para portos seguros

“Um dos principais impulsionadores por trás deste aumento histórico foi a expectativa de uma política monetária mais moderada da Reserva Federal dos EUA. Com a possibilidade de novos cortes nas taxas de juros e aumento da flexibilização quantitativa, os mercados financeiros responderam previsivelmente, elevando o preço de ativos de porto seguro como o ouro. A perspectiva de um dólar enfraquecido tornou o ouro mais atraente para investidores nacionais e internacionais. Além disso, a instabilidade em regiões geopoliticamente sensíveis, como Ucrânia e Médio Oriente, contribuiu significativamente para este aumento. As tensões contínuas nessas áreas criaram um ambiente de incerteza, levando os investidores a buscar refúgio no ouro, considerado um ativo seguro em tempos de crise. A instabilidade geopolítica atuou como um catalisador, aumentando ainda mais a procura por esse metal precioso”, sustenta o analista da XS.com.

Só este ano, “o ouro já verificou um aumento de mais de 20%, um crescimento notável impulsionado pelas compras do banco central e pela forte procura na China. Os bancos centrais, à procura de diversificar suas reservas, aumentaram suas aquisições de ouro, enquanto a procura chinesa por jóias e investimentos permanece robusta”. Agora, o “ouro está a solidificar a sua posição como porto seguro em tempos de volatilidade” e que este recorde “pode começar uma nova era para o mercado dos metais preciosos, onde o ouro pode vir a desempenhar um papel ainda mais central nas estratégias globais de investimento”.

Por sua vez, o Café Londres mantém a rota ascendente. O café sobe 0,76% para 4.482 libras, mantendo ativas as conversas de uma eventual subida do preço da ‘bica’ para os consumidores.

Nas divisas o consenso é disperso. O euro segue perder 0,09% para 1,1075 dólares, enquanto a libra esterlina segue o rumo contrário ao avança 0,05% para 1,2995 dólares.

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