A Câmara Municipal de Lisboa apresenta e vota esta quarta-feira, em reunião de Câmara, o aumento da taxa turística, aplicada às dormidas, de dois para quatro euros, avança o “Jornal de Negócios“. Esta taxa soma-se à de dois euros que é aplicada aos cruzeiros.
O objetivo, acrescenta o “Jornal de Negócios”, é ajustar o valor cobrado pelas dormidas “ao dispêndio atual de recursos” que o município possui.
Na prática, como explica a mesma publicação, Lisboa está a ter a necessidade de reforçar as suas infraestruturas e intervenções ao nível “de infraestruturas, mobilidade, limpeza urbana, espaço público, segurança, oferta turística, cultural e de lazer”, face ao aumento que o turismo tem registado.
No entendimento da autarquia, este aumento de despesa devido ao crescimento do turismo não deve “onerar os residentes mas antes ser coadjuvado por quem beneficia”, acrescentou o “Jornal de Negócios”.
Em fevereiro, o turismo teve um crescimento de 7% no número de hóspedes para 1,8 milhões, e das dormidas aumentam 6,4% para 4,3 milhões. Os proveitos totais aumentaram 13% para os 276,4 milhões de euros e os de aposento cresceram 13,1% para os 202,1 milhões de euros, em comparação com o período homólogo, de acordo com o Instituto Nacional de Estatística (INE).
“O rendimento médio por quarto disponível (RevPAR) situou-se em 37,8 euros (+4,5%) e o rendimento médio por quarto ocupado (ADR) atingiu 83,8 euros (+6,0%). O ADR atingiu os valores mais elevados na Grande Lisboa (107,8 euros) e na RA Madeira (85,6 euros)”, dizem os dados do INE, referentes a fevereiro.
O município de Lisboa foi responsável 24,3% do total de dormidas.
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