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Livre pronto para eleições. “Não interessa ao país que se prolongue uma situação de incerteza”, diz Rui Tavares

O deputado do partido considera que é preciso entender como o país passou em 48h de uma situação de rotina, para uma situação de absoluta excecionalidade.
MIGUEL A. LOPES/LUSA
8 Novembro 2023, 12h45

O Livre está pronto para o cenário de eleições antecipadas caso seja essa a decisão do Presidente da República. A posição foi marcada pelo deputado do partido, Rui Tavares, após a reunião com Marcelo Rebelo de Sousa em Belém esta quarta-feira, 8 de agosto.

“Se o caminho a ser escolhido for de dissolução do Parlamento e a marcação de eleições antecipadas, elas devem ser marcadas o mais depressa possível. Não interessa ao país que se prolongue uma situação de incerteza e que estejamos durante muito tempo sem um parlamento democraticamente escolhido e clarifique os caminhos de futuro para o país”, referiu Rui Tavares.

O deputado esclareceu também que, caso a escolha de Marcelo Rebelo de Sousa seja por manter o Governo a funcionar dentro da maioria parlamentar que existe atualmente, “é muito importante que o Presidente da República comunique ao país com que critérios e de que formas é que o cenário poderia ser outro, que não o de eleições antecipadas”.

De qualquer forma, Rui Tavares assume que o partido está preparado para ambos os cenários e respeitará a decisão do Presidente da República. “Não fazemos pedidos, exigências ou pressões a alguém que é eleito por sufrágio universal e direto por todos os portugueses”, salientou.

Sobre toda a crise política que se instalou no país, o deputado do Livre defende que deve ser explicado aos portugueses como, em 48 horas ,Portugal se encontra “numa situação de absoluta excecionalidade política no país, com desafios e riscos que provavelmente não têm paralelo na nossa história democrática”.

“O que é mais importante para os portugueses agora é percebermos de como passamos em 48 horas de uma situação de rotina, para uma situação de absoluta excecionalidade, se o que aconteceu de premeio justifica e explica, ou não a excecionalidade em que estamos”, sublinhou Rui Tavares. O deputado apontou que um país que tenha normais relações entre órgãos de soberania tem que ter uma forma de relação com a cidadania que “prime pela transparência, pela responsabilização e que permita a todos os portugueses perceber o que se passa com o seu país”.

Num eventual cenário de eleições antecipadas, Rui Tavares destacou a importância de os partidos apresentarem as suas propostas ao país de forma clara, dado o período de grande incerteza que o país atravessa. “O Livre vem para ter um sistema democrático equilibrado, no qual haja verdadeira alternância entre a esquerda e direita, em que haja possibilidades de ter programas que sejam implementados aqueles que forem apresentados em eleições, ou seja, sem que haja clareza acerca do que os partidos querem acerca das eleições”, afirmou.

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