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Livre quer explicações de Lucília Gago sobre comunicado da PGR que levou à demissão de António Costa

“Não podemos ter um governo nacional no seu geral, incluindo o poder judicial, que se exprime através de gabinetes de imprensa só”, disse Rui Tavares.
O cabeça de lista por Lisboa do partido Livre, Rui Tavares, momentos antes da entrega das listas de candidatos a deputados à Assembleia da República pelo círculo de Lisboa, no Juízo Central Cível de Lisboa, Palácio da Justiça, em Lisboa, 20 de dezembro de 2021. As eleições legislativas realizam-se a 30 de janeiro. ANDRÉ KOSTERS/LUSA
17 Novembro 2023, 13h10

O líder do Livre, Rui Tavares, quer ver esclarecido quem escreveu o comunicado da Procuradoria-Geral da República (PGR) que faz menção ao primeiro-ministro, António Costa, e qual o envolvimento de Lucília Gago.

O deputado único do Livre realçou à “TSF” que fica “mais descansado” se se confirmar que terá sido a própria Procuradora-Geral da República, e não o gabinete de imprensa, quem optou por incluir o parágrafo sobre a investigação ao primeiro-ministro no comunicado referente à operação Influencer.

“Não podemos ter um governo nacional no seu geral – incluindo o poder judicial – que se exprime através de gabinetes de imprensa só. É importante, nem que seja pelo aspeto simbólico da importância do que aqui está, haver no mínimo, a solenidade de uma conferência de imprensa”, defende Rui Tavares em declarações à TSF.

A PGR, Lucília Gago, incluiu o parágrafo no comunicado que dava conta da investigação criminal que envolveria o primeiro-ministro e que acabou por provocar à demissão de António Costa do cargo.

Conta o “Expresso” que a a PGR foi informada, pelos três procuradores do DCIAP, sobre “o números e locais das buscas, detenções e o que estava em causa no processo”. No entanto, os procuradores não terão feito referência ao facto de terem remetido para o Supremo Tribunal de Justiça a certidão que ligava Costa à investigação.

A publicação nota que Lucília Gago quis fazer referência às suspeitas que recaiam sobre o primeiro-ministro. Segundo fontes do “Expresso”, o Ministério Público temeu ser acusado de proteger António Costa quando se soubesse da investigação do procurador do Supremo Tribunal, até pelo facto da existência das escutas.

No entanto, e de acordo com informações que vieram agora a público, Lucília Gago não contou que este parágrafo levasse à demissão do chefe de Governo.

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