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Lucro da Galp aumentou 2,8% no primeiro trimestre, para 430 milhões de euros

Os resultados ajustados de efeitos não recorrentes e do impacto dos custos de substituição de stocks (RCA) subiram 35%, para 335 milhões de euros.
30 Abril 2024, 07h37
Em atualização

O lucro consolidado da Galp subiu 2,8% no primeiro trimestre deste ano, face a igual período de 2023, para 430 milhões de euros, informou a empresa em comunicado divulgado esta terça-feira, 30 de abril, através do site da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários.

Os resultados ajustados de efeitos não recorrentes e do impacto dos custos de substituição de stocks (RCA) subiram 35%, para 335 milhões de euros.

O mercado reagiu de forma positiva aos resultados apresentados, com os títulos da Galp a iniciarem a sessão na Euronext Lisboa a subir 2,26%, para 20,85 euros.

A empresa refere que entregou “um conjunto robusto de resultados, impulsionados por um sólido desempenho no ‘upstream’ [exploração e produção] e na refinação e pela contribuição das atividades de gestão de energia”.

Os resultados antes de juros, impostos, depreciação e amortização (EBITDA) aumentaram 13%, para 974 milhões de euros, impulsionados pelo ‘upstream’, em que cresceram 8%, para 591 milhões de euros.

Este resultado do ‘upstream’ justifica-se por “níveis de produção resilientes e melhores realizações, beneficiando ao mesmo tempo de uma diminuição dos volumes em trânsito e de efeitos de underlifting [ajustes na quota-parte em projetos de exploração com outros parceiros]”.

Ainda assim, a produção caiu 4%, para 116 milhares de barris de petróleo equivalente por dia (kboepd), devido à quebra de 7% na exploração de petróleo no Brasil, explicado por uma maior concentração de paragens para manutenção.

Nas atividades industrial (refinação, logística e cogeração) e ‘midstream’ (abastecimento, compra e venda, e expedição de petróleo bruto, produtos petrolíferos, biocombustíveis, gás natural, eletricidade e produtos ambientais), o EBITDA RCA 34%, para 314 milhões de euros.

A margem de refinação caiu 16%, para 12 dólares por barril equivalente de petróleo (boe).

O EBITDA RCA da atividade comercial caiu 9%, para 64 milhões de euros, devido à quebra de 5% na venda de produtos petrolíferos, “especialmente nos segmentos B2B em Espanha, embora parcialmente compensado por uma contribuição de apoio dos negócios não combustíveis e de baixo carbono, nomeadamente de conveniência e atividades de gás e energia”, refere a empresa.

O EBITDA RCA das operações de energias renováveis caiu 75%, para 9 milhões de euros, impactado por um trimestre “de produção sazonalmente baixa, ainda mais afetado por preços de energia invulgarmente baixos na Península Ibérica”.

O investimento líquido totalizou 310 milhões de euros, quase triplicando face aos 109 milhões de euros do mesmo trimestre de 2023, e foi direcionado principalmente para projetos de desenvolvimento e exploração em ‘upstream’, “nomeadamente para a execução do [campo de petróleo] Bacalhau no Brasil e atividades de exploração na Namíbia, bem como ao arranque das obras de construção da unidade avançada de biocombustíveis em Sines”.

Na Namíbia, a Galp sublinha que concluiu com sucesso a primeira fase do a campanha de exploração de Mopane, que incluiu dois poços de exploração e um teste de formação, tendo sido identificadas “colunas significativas de óleo contendo óleo leve em areias de reservatório de alta qualidade”.

“Só no complexo de Mopane, e antes da perfuração de poços adicionais de exploração e avaliação, as estimativas locais de hidrocarbonetos são de 10 mil milhões de barris de petróleo equivalente, ou mais”, acrescenta a empresa. A Galp detém 80% dos interesses neste projeto.

Foram estes dados que levaram à valorização dos títulos da Galp, que subiram 29,2% desde 16 de abril, tornando a empresa a mais valiosa da Euronext Lisboa, com uma capitalização que ultrapassou já os 16 mil milhões de euros, esta terça-feira, incluindo a participação de 8% do Estado, que não está admitida a cotação.

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