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Lucro da REN afunda 71% no primeiro trimestre

O aumento no custo da dívida teve um impacto negativo nos resultados da companhia de infraestruturas energéticas.
9 Maio 2024, 17h04

Os lucros da REN afundaram 71% no primeiro trimestre para 3,7 milhões de euros. A companhia destaca o impacto do custo na dívida e o efeito cambial negativo, como resultado financeiro a recuar 8,4 milhões de euros para -21,3 milhões de euros.

O EBITDA recuou 2,3% para 129 milhões de euros com menor peso da atividade doméstica (-2,6 milhões de euros) e do negócio internacional (menos 500 mil euros).

“O recuo no lucro foi resultado de um EBITDA doméstico mais baixo, contribuição menor do negócio internacional e resultados financeiros mais baixos”, segundo o comunicado da REN ao mercado.

O custo médio da dívida subiu de 2,5% para 2,8% entre o final de 2023 e o final de março. Face a período homólogo subiu de 2,4% para 2,8%.

O efeito cambial teve um efeito negativo de três milhões de euros.

A dívida líquida aumento em 479 milhões de euros para 2.670 milhões de euros, devido a “desvios tarifários”.

Durante este período houve uma redução de impostos (-3,1 milhões de euros), mas os encargos com a CESE subiram em 400 mil euros para 28,5 milhões de euros, com o aumento de ativos regulados.

Os acionistas da empresa aprovaram hoje em assembleia-geral o pagamento de um dividendo de nove cêntimos por ação, mantendo a remuneração anual de 15,4 cêntimos por ação paga em duas tranches.

A companhia também revelou que o consumo de energia elétrica “registou um crescimento homólogo de 1,2%, ou 2,7% com correção dos efeitos de temperatura e número de dias úteis, com a produção renovável a abastecer 89% do consumo”: hidroelétrica com 47%, eólica com 31%, fotovoltaica com 6% e biomassa com 5%.

Já a produção a gás natural abasteceu 11% do consumo, “tendo o saldo de trocas com o estrangeiro sido exportador”.

O consumo de gás natural recuou 10% no trimestre, sendo o consumo mais baixo desde 2014, com a produção de energia elétrica a partir de gás a cair 43%. Já no segmento convencional foi registado um aumento de 6%.

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