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Lucros da NOS caem 19% para 181 milhões de euros em 2023

As receitas consolidadas do grupo cresceram 5% para 1.598 milhões de euros à boleia da faturação com o negócio do cinema e audiovisuais. A empresa vendeu mais de oito milhões de bilhetes para filmes num ano. Dividendo proposto é de 35 cêntimos por ação.
5 Março 2024, 17h02

Os lucros da NOS caíram 19,4% para 181 milhões de euros em 2023, em relação ao ano anterior. Excluindo o efeito das mais-valias associadas à alienação de infraestrutura (torres), o resultado líquido da operadora de telecomunicações teria crescido 30,7% comparativamente aos 138,5 milhões de euros homólogos.

Já as receitas do grupo liderado por Miguel Almeida subiram 5% para 1,6 mil milhões de euros, bastante impulsionadas pelo negócio dos cinemas. Só as receitas do segmento de Cinema e Audiovisuais da NOS aumentaram 11% para 99,4 milhões de euros, uma vez que a empresa vendeu mais de oito milhões de bilhetes de cinema num ano (+29%).

Por outro lado, as de telecomunicações tiveram um acréscimo de apenas 4,3% para 1,533 mil milhões de euros. Neste caso, a evolução deveu-se ao aumento do número de serviços (mais 232 mil para cerca de 11 milhões) e ao número de clientes convergentes (mais 4,4%), de acordo com o relatório e contas enviado esta terça-feira à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

O resultado operacional ou EBITDA consolidado – lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização – aumentou a dois dígitos (+10,1%) no ano passado para 716,7 milhões de euros.

“Em 2023 completámos um ciclo de elevado investimento, com cerca de 1.500 milhões de euros acumulados nestes últimos três anos, na modernização e expansão das redes de nova geração fixas e móveis. Este forte impulso no investimento, catapultou Portugal para a liderança europeia no 5G”, comentou o CEO da NOS, na mensagem publicada com os resultados financeiros.

Miguel Almeida considera que estes resultados “constituem um claro reflexo do sucesso daquelas que têm sido as apostas estratégicas da NOS e que têm merecido grande aceitação por parte dos nossos clientes, particulares e empresas”. “O futuro continuará a ser desafiante, mas tenho total confiança na equipa da NOS”, garante o gestor.

Destaque ainda para o aumento da cobertura de fibra da NOS para 5,427 milhões de lares em Portugal e para a rede móvel de quinta geração (5G) da marca ter mais de 4.200 estações instaladas e cobrir 94% da população portuguesa até dezembro de 2023.

O conselho de administração aprovou uma proposta a levar à próxima Assembleia Geral de acionistas de um pagamento de dividendo ordinário de 35 cêntimos por ação, representando uma dividend yield de 10,6% e mais 25,9% do que no ano anterior.

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