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Lucros da Stellantis afundam 48% para 5,6 mil milhões no primeiro semestre

Conglomerado automóvel está preparado para melhorar os seus resultados e, para isso, revelou que vai lançar 20 novos modelos este ano. CEO da Stellantis assume que resultados ficaram “aquém das expectativas”.
25 Julho 2024, 09h44

A fabricante automóvel Stellantis viu os seus lucros afundarem 48% no primeiro semestre do ano. Com resultados abaixo do esperado pelos analistas, a dona da Peugeot e Citroën viu o lucro líquido cair para 5,6 mil milhões de euros nos primeiros seis meses do ano.

Segundo as contas divulgadas esta quinta-feira, a América do Norte apresentou muitos problemas, o que impactou as contas do semestre em questão. Para resolver os problemas sentidos em várias geografias, a fabricante europeia prometeu cortar a produção e também preços.

“O desempenho da empresa no primeiro semestre de 2024 ficou aquém das nossas expectativas”, apontou o CEO Carlos Tavares, citado no comunicado das contas. Ora, são estes mesmos resultados que colocam agora pressão no gestor português, uma vez que a fabricante tem perdido quota de mercado em vários países e vai agora aumentar a estratégia de redução de preços.

Carlos Tavares assumiu que os resultados entre janeiro e julho refletem “o contexto desafiante na indústria e os nossos próprios problemas operacionais”.

Entre as novidades, e para combater o arrefecimento do mercado, o português anunciou o lançamento de 20 novos veículos este ano debaixo da insígnia Stellantis, que engloba várias marcas a nível mundial. “Com isto vamos trazer oportunidades maiores. Temos um trabalho significativo a fazer, especialmente na América do Norte, de forma a maximizar o nosso potencial a longo prazo”. Para já, a Stellantis soma 10 carros em produção até junho.

A negociar na Borsa Italiana, os títulos da Stellantis estão a reagir de forma negativa aos resultados apresentados. As ações da fabricante franco-ítalo-americana estão a recuar 8,03% para 16,79 euros. No entanto, esta queda já foi mais significativa, tendo chegado perto dos 9%.

Ainda em termos de resultados, o conglomerado apresentou receitas de 85 mil milhões de euros no primeiro semestre, um valor que representa uma descida de 14% em relação ao período homólogo. Também o lucro operacional fixou-se em 8,46 mil milhões de euros nos primeiros seis meses, abaixo dos 8,85 mil milhões esperados, o que significa um recuo de 40%.

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