[weglot_switcher]

Luís Montenegro: “É importante que as pessoas sintam que vale a pena trabalhar”

Acordo tripartido de concertação social foi assinado entre Governo e parceiros sociais. O primeiro-ministro reafirmou a importância de descer a carga fiscal às empresas e ainda deixou farpa ao PS: Só quando há boa fé é que os processos negociais podem ter sucesso”.
© Filipe Amorim / Lusa
1 Outubro 2024, 10h51

O primeiro-ministro Luís Montenegro mostrou grande satisfação com a assinatura do acordo de concertação social esta terça-feira e garantiu que esse acordo é importante para uma economia mais competitiva e mais produtiva.

Foi assinado e concluído esta terça-feira o novo acordo de valorização salarial e crescimento económico para 2025-2028 assinado entre Governo, as quatro confederações empresariais e a UGT. A CGTP rejeitou subscrever este acordo.

“A primeira palavra é de reconhecimento e gratidão aos parceiros sociais pela subscrição deste acordo para a valorização dos salários e crescimento da economia”, destacou o chefe do Governo que não deixou de lançar uma farpa ao PS: “Só quando há boa fé é que os processos negociais podem ter sucesso”.

Destacou o chefe do Governo que “este não é um acordo totalmente abrangente para uma economia mais competitiva e mais produtiva para pagar melhores salários. Queremos continuar a chegar a novas plataformas de entendimento para que a nossa economia possa pagar melhores salários”.

“O que alcançámos é extraordinariamente importante: é um acordo que valoriza o trabalho e retribuir com melhor resultado. Mas não são só melhores salários mas também a valorização do trabalho”, realçou.

Luís Montenegro sublinhou: “É importante que as pessoas sintam que vale a pena trabalhar. Por isso queremos aumentar o salário mínimo nacional e atingir em 2027 um objetivo superior aquele que o nosso programa previa em 2030 para o salário médio”.

Reafirmando uma medida que parece dividir Governo e PS, o primeiro-ministro revelou que “estamos mesmo interessados em baixar a carga fiscal às empresas e que sintam que vale a pena investir em Portugal, na tecnologia, no conhecimento, no capital humano, porque o Estado não vai absorver tanto lucro às empresas”.

O chefe de Governo manifestou junto dos parceiros sociais que “aumentar apenas o salário mínimo é um erro económico”: “Não queremos um país apenas focado em aumentar o salário mínimo. Quantas mais pessoas ganharem o SMN, mesmo que cresça, mais estagnada estará a sociedade. Queremos que os portugueses ganhem mais do que o SMN”.

RELACIONADO
Copyright © Jornal Económico. Todos os direitos reservados.