Principal aliado do presidente russo Vladimir Putin, a quem permitiu o uso de território bielorrusso para desencadear ataques contra a Ucrânia, Lukashenko visitou hoje o comando central da Força Aérea, onde afirmou que apesar de não existir nenhuma “situação crítica”, alguns “fatores” são causa de “preocupação”.
O Presidente bielorrusso, que apareceu com um penso na mão, também mencionou a queda no passado fim-de-semana de vários helicópteros e aviões de combate militar russos, na região de Briansk, a 200km da fronteira com a Ucrânia.
“Desde então, as nossas tropas têm estado em alerta máximo”, adiantou.
Lukashenko não era visto em público desse que, se retirou a 09 de maio das comemorações do Dia da Vitória em Moscovo, que assinalam a União Soviética sobre a Alemanha nazi na Segunda Guerra Mundial.
A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro de 2022 pela Rússia na Ucrânia causou até agora a fuga de mais de 14,7 milhões de pessoas – 6,5 milhões de deslocados internos e mais de 8,2 milhões para países europeus -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
A invasão russa – justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de “desnazificar” e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia – foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.