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Luxo não está a resistir à debilidade da economia chinesa com estimativas de lucro a cair 16%

A apresentação dos resultados trimestrais das principais marcas de luxo do mundo estão a refletir a quebra de consumo na China.
31 Julho 2024, 15h06

O sector de luxo tem sido afetado pelo fraco desempenho da economia chinesa, tendo as expectativas de lucro para este sector quebrado 16% desde o início do ano, segundo o jornal “El Economista”.

A debilidade da economia chinesa tem vindo a afetar este sector, numa altura em que os principais consumidores de luxo europeu são chineses. A economia da China está mergulhada numa profunda crise imobiliária e enfrenta uma débil procura interna.

No entanto, perante esta fragilidade económica o banco popular da China surpreendeu o mercado ao anunciar uma redução das taxas de juro de 2,5% para 2,3%, e uma injeção de cerca de 23 mil milhões de euros no sistema bancário do país. As medidas são uma tentativa de reanimar a economia, que tem vindo a crescer a um ritmo mais fraco do que o esperado.

Esta fraca situação económica da China tem levado a uma diminuição no consumo com a poupança a surgir como prioritária. Esta queda no consumo faz-se sentir sobretudo no sector de luxo.

As empresas que atuam neste segmento mais elevado já começaram a divulgar os resultados trimestrais, e os investidores parecem estar preocupados com a diminuição dos lucros. O grupo LVMH, dono de marcas como a Louis Vuitton e Christian Dior, registou uma descida de 14% nos lucros, face ao período homólogo, com as receitas no mercado asiático (principal mercado) a caírem 30%.

Os resultados da Kering também dececionaram com uma queda de 49% nos lucros e uma diminuição nas receitas do mercado asiático. Apenas a Hermés conseguiu bons resultados, com um crescimento de 15% nas receitas e de 6% nos lucros. A empresa dona da mala mais cara do mundo viu a sua receita do mercado asiático a crescer 10%.

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