Madeira: Albuquerque e Secretário da Proteção Civil vão ser ouvidos sobre gestão dos incêndios

Foi aprovada pela Comissão Especializada de Saúde e Proteção Civil da Assembleia Legislativa da Madeira audições parlamentares ao presidente do Governo da Madeira, Miguel Albuquerque, e do secretário regional da Saúde e Proteção Civil, relativamente à atuação no incêndio que começou a deflagrar na Região Autónoma a 14 de agosto.

As audições a Albuquerque e a Pedro Ramos tiveram os votos favoráveis de dois deputados do Juntos pelo Povo (JPP), dois deputados do PS e um deputado do CDS-PP e a abstenção de quatro deputados do PSD.

“Ainda hoje [segunda-feira] irei assinar os requerimentos para que Miguel Albuquerque e Pedro Ramos sejam ouvidos com a maior brevidade possível”, disse a deputada do JPP e também presidente da Comissão de Saúde e Proteção Civil, Lina Pereira.

“Já o afirmamos várias vezes, a audição parlamentar não é para julgar ninguém, mas há responsabilidades políticas que não podem ser branqueadas, atiradas para debaixo do tapete, e decisões tomadas que foram precipitadas, inadequadas e até algumas intoleráveis perante o sofrimento das populações e o adensar da tragédia. Os políticos quando assumem funções têm deveres e responsabilidades para com as populações, essa responsabilidade é assumida logo no primeiro dia da tomada de posse, não é para depois ser descartada quando a situação é menos favorável”, acrescentou Lina Pereira.

A deputada do JPP considerou que o parlamento é o local próprio para fiscalizar a ação do Governo.

“Depois do combate ao fogo, estamos agora no momento certo para avaliar e apurar responsabilidades. Não podemos continuar a fazer de conta que está tudo bem. O acompanhamento da ação governativa e as ações de fiscalização são das funções mais nobres dos deputados e a Assembleia Legislativa da Madeira é o local próprio para se debater um assunto tão importante, que ao longo dos últimos anos tem causado perda de vidas, desolação, sofrimento, perda de casas e bens pessoais e milhares de hectares do nosso património natural”, disse Lina Pereira.