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Madeira: atividade económica atinge maior crescimento do ano em novembro

Em novembro, a atividade económica da Região Autónoma da Madeira cresceu 2,5% superando o desempenho de janeiro e de outubro, o que fez a economia madeirense crescer 1,7%.
18 Fevereiro 2025, 11h23

A atividade económica da Região Autónoma da Madeira cresceu 2,5%, em novembro, o que representa o maior aumento do ano, de acordo com os dados da Direção Regional de Estatística (DREM), superando o desempenho de janeiro e de outubro que fez a economia madeirense crescer 1,7%.

A Direção Regional de Estatística sublinha que em novembro a atividade económica da Região subiu “impulsionada” pelo turismo, “com as dormidas em alojamentos turísticos a crescerem 3,4%, acima dos 1,1% de outubro anterior, e os proveitos totais a subirem 18,4%, superando os 14,1%” do mês anterior.

“A emissão de energia elétrica, frequentemente associada à evolução da atividade económica, registou um aumento de 1,2%, acelerando face aos 0,5% de outubro anterior. No que se refere à introdução no consumo de gasóleo, verificou-se um crescimento de 2,3%, superior ao registado em outubro de 2024 (0,5%). A relação entre sociedades constituídas e dissolvidas manteve um saldo positivo, com 3,6 novas sociedades por cada dissolução, superando o rácio de 3,1 observado no mês precedente”, acrescentou a DREM.

Ao nível dos indicadores qualitativos a DREM salientou que, em novembro, os indicadores de confiança nos sectores de atividade da Indústria Transformadora, Comércio e dos Serviços “diminuíram” em relação ao mês anterior, enquanto no setor da Construção e Obras Públicas “verificou-se um aumento”.

No consumo privado o volume de operações na rede SIBS com cartões bancários nacionais, “cresceu 8,8% em valor, acima dos 7,6% registados no mês precedente”, sublinhou a DREM, enquanto que o consumo de gasolina subiu 11,5%, após um crescimento de 9,2% no mês anterior.

“As aquisições de automóveis novos ligeiros de passageiros caíram 20,4%, agravando a quebra de 7,5% registada em outubro anterior. O saldo dos empréstimos ao consumo concedidos a particulares e instituições sem fins lucrativos ao serviço das famílias aumentou para 6,4%, acima dos 6,2% do mês precedente”, referiu a Direção Regional, sobre o consumo privado da Região, em novembro.

No investimento a DREM diz que se destacaram pela evolução positiva “o licenciamento de edifícios, que subiu 34,4%, recuperando da quebra de 8,1% em outubro anterior, e a avaliação bancária da habitação, que cresceu 16,1%, acima dos 14,1% do mês anterior”.

Ainda pela positiva estiveram as vendas de automóveis novos ligeiros de mercadorias que “aumentaram 11,3%, mas desaceleraram face aos 27,3% de outubro precedente”, a que se junta também a comercialização de cimento que subiu 13,7%, ficando “ligeiramente abaixo” dos 15,2% do mês anterior.

“Em contrapartida, os empréstimos concedidos a sociedades não financeiras continuaram a cair, com uma redução de 5,7% em novembro de 2024, após uma descida de 5,3% em outubro anterior”, salientou a DREM.

Ao nível da procura externa a DREM referiu que embora “o comércio com o estrangeiro represente apenas uma pequena parcela do comércio global realizado pela Região (a maior parte do qual é com o Continente), é de referir que tanto as exportações (5,4%; 20,4% em outubro), como as importações de bens (10,9%; 16,0% no mês anterior), desaceleraram face ao mês precedente”.

No que diz respeito ao movimento de mercadorias nos portos verificou-se uma subida de 5,5% em novembro de 2024, “abaixo” dos 6,9% registados no mês anterior.

“Já o tráfego de passageiros nos aeroportos cresceu 5,6%, superando os 3,3% de outubro anterior. Os levantamentos e compras com cartões internacionais em terminais de pagamento automático (TPA) aumentaram 15,1%, registando um ligeiro abrandamento face aos 16,1% do mês precedente”, indicam os dados da DREM, de novembro.

No mercado de trabalho existiu, em novembro, um aumento das ofertas de emprego, que “cresceram 17,4%, acima dos 11,9%” registados em outubro de 2024. “O número de desempregados inscritos ao longo do mês desacelerou para 5,3% (7,3% em outubro anterior) e os pedidos de emprego reduziram-se de 7,5% em outubro para 5,6% em novembro de 2024”, acrescentou a Direção Regional.

Nos preços a taxa de inflação homóloga registou uma “ligeira desaceleração” em novembro de 2024, para os 3,1%, “abaixo” dos 3,2% registados no mês anterior. “A inflação foi inferior nos bens (2%) e superior nos serviços (4,6%). O indicador de inflação subjacente (que exclui os produtos alimentares não transformados e os produtos energéticos) manteve-se inalterado nos 3,3%, o mesmo valor que o observado em outubro de 2024”, de acordo com os dados da DREM.

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