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Madeira: CDU considera que atual modelo do subsídio de mobilidade “é errado”

“No decorrer das anteriores campanhas eleitorais o PSD e o CDS-PP criticaram o governo PS por não ser capaz de resolver o processo dos custos de mobilidade aérea para os residentes nas regiões insulares. PSD e CDS-PP prometeram a resolução imediata dos problemas do Subsídio Social de Mobilidade e agora, no Governo, não fazem o que tanto prometeram. Agora, apresentam acertos que não resolvem e nalguns dos casos até poderão agravar as dificuldades no acesso ao dito subsídio”, afirmou a CDU.
Edgar Silva, líder dos comunistas madeirenses
5 Outubro 2024, 10h30

A CDU considerou que o atual modelo de subsídio social de mobilidade é “errado” e manifestou o seu “total repúdio” face à não concretização do prometido novo regime para o Subsídio Social de Mobilidade e da “fraude política” dos governantes do PSD/CDS-PP na República e na Região Autónoma da Madeira relativamente a todo este processo.

“No decorrer das anteriores campanhas eleitorais o PSD e o CDS-PP criticaram o governo PS por não ser capaz de resolver o processo dos custos de mobilidade aérea para os residentes nas regiões insulares. PSD e CDS-PP prometeram a resolução imediata dos problemas do Subsídio Social de Mobilidade e agora, no Governo, não fazem o que tanto prometeram. Agora, apresentam acertos que não resolvem e nalguns dos casos até poderão agravar as dificuldades no acesso ao dito subsídio”, afirmou a CDU.

A CDU considera que o atual modelo de subsídio de mobilidade “é errado por tudo e mais alguma coisa”. A força partidária diz que o atual modelo “é errado porque em vez de subsidiar o mercado liberalizado (em 580 milhões de euros em apenas oito anos) deveria apoiar um serviço público realizado por uma empresa pública (que ficaria muito mais barato)”.

A força partidária diz que o atual modelo “é errado porque coloca os utentes a pagar primeiro a viagem e só depois a receber o apoio”.

A CDU continua dizendo que o atual modelo “é errado porque contribui para o aumento geral de preços nas ligações”.

O partido diz também que o atual modelo “é errado porque coloca uma empresa privada a distribuir 580 milhões de apoios públicos sem as devidas preocupações para impedir o abuso e a fraude (e mesmo depois dos alertas da Inspeção Geral das Finanças (IGF), nada foi corrigido)”.

E por fim a CDU diz que o atual modelo “é errado porque é permeável à fraude”.

A força partidária referiu que para além de se ter um modelo de subsídio de mobilidade que “é errado” a resposta dada pelo Governo da República “não resolve” porque mantém o modelo.

“Em oito anos, foram 580 milhões de euros, e, só em 2023, foram 126 milhões do Orçamento de Estado, e a tendência é crescer”, salientou a força partidária.

A CDU sublinhou que “sempre se opôs” ao atual modelo liberalizado, e “sempre disse que este seria mais caro” para o Estado, e “criaria piores condições de acesso” ao transporte aéreo para quem vive nas ilhas, como “daria menos garantias” às populações.

“A realidade aí está a demonstrá-lo. Percebe-se que a cegueira ideológica dos atuais governantes não lhes permite ver que o erro está no modelo adotado”, afirmou a força partidária.

O partido entende que para que o debate seja aprofundado “é necessário” que o máximo de informação seja pública e possa ser trabalhada por gente “mais liberta das amarras ideológicas neoliberais que norteiam” os atuais governantes.

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