O Chega considera que o programa de Governo da Madeira, para a legislatura 2023-2027, é “muita parra e pouca uva” e revela “falta de originalidade” tendo em conta que reproduz as linhas estratégicas constantes no programa de governo da legislatura entre 2019 e 2023.
A Assembleia Legislativa da Madeira iniciou a discussão do programa de governo esta quarta-feira numa ocasião em que o líder do Chega Madeira, Miguel Castro, disse que esse mesmo documento reproduz as mesmas promessas que “não são cumpridas”, com os mesmos investimentos de sempre.
“É muita parra e pouco uva. É isto que temos no programa de governo. É um programa de governo com uva passada”, disse Miguel Castro.
O deputado do Chega considerou também que o programa de governo é também um “livro de ficção” e acusou o executivo madeirense de estar a “cobrar mais impostos do que nunca”, tendo-se especializado em retirar dinheiro dos bolsos dos cidadãos numa região que tem o poder de compra mais baixo do país.
O presidente do Governo da Madeira, Miguel Albuquerque, em resposta a Miguel Castro, confirmou que os programas de governo das legislaturas de 2019-2023 e de 2023-2027 possuem as mesmas linhas estratégicas.
“Temos um conjunto de valores e políticas que se mantêm. Seria estranho ter um programa diferente do da legislatura anterior”, disse Albuquerque.
O deputado do Chega salientou que o executivo regional “tem trabalhado para os números e a estatística”. Miguel Castro referiu que “vemos uma sociedade cada vez mais pobre, mais dependente da subsidiação, e com mais problemas financeiros”.
O presidente do executivo madeirense referiu que o seu governo foi aquele que mais baixou impostos. “E isso significa devolver dinheiro à população e empresas. Há maior captação de impostos devido à baixa dos impostos. A baixa de impostos leva a maior cobrança de impostos e a maior dinâmica da economia”, disse Albuquerque.
Miguel Castro criticou os “bónus fiscais” de 190 milhões de euros concedidos pelo Governo da Madeira para as “empresas dos amigos”
Albuquerque respondeu que esses bónus fiscais são nacional e resultam também da existência do Centro Internacional de Negócios, ou Zona Franca.
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