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Madeira: Iniciativa Liberal quer revisão urgente das quotas de pesca

“Quota tem-se revelado insuficiente, esgotando-se em cerca de um mês e deixando várias embarcações inoperantes, colocando em risco o sustento de milhares de pescadores e armadores”, salientou a Iniciativa Liberal.
23 Setembro 2024, 09h19

A Iniciativa Liberal Madeira defendeu uma revisão urgentes das quotas de pescas, em especial a do atum.

“Atualmente, a quota nacional de atum-patudo é de 3.100 toneladas, sendo que cerca de 2.800 toneladas são atribuídas às Regiões Autónomas dos Açores e da Madeira. No entanto, a quota tem-se revelado insuficiente, esgotando-se em cerca de um mês e deixando várias embarcações inoperantes, colocando em risco o sustento de milhares de pescadores e armadores”, salientou a força partidária.

Numa visita ao laboratório da Direção Regional do Mar o partido referiu que uma das principais reivindicações locais foi a criação de uma quota independente para as Regiões Ultraperiféricas, “reconhecendo o tipo de pesca seletiva e sustentável” praticada nessas áreas, como é o caso da pesca de salto e vara.

“Os limites de captura atuais não refletem a realidade que os nossos pescadores observam no mar. Precisamos de quotas ajustadas ao tipo de pesca que praticamos, de forma sustentável, e de políticas europeias que levem em conta as particularidades das Regiões Ultraperiféricas”, disse o deputado da Iniciativa Liberal, Nuno Morna.

A força partidária acrescentou que a renovação da frota de pesca de peixe-espada é uma medida “há muito negligenciada” sendo também uma prioridade tendo em conta a sua importância para a “subsistência de centenas de famílias”. O partido considerou que é urgente negociar com a Comissão Europeia a autorização das ajudas de Estado para esta “importante renovação que visa melhorar as condições a bordo das embarcações da frota espadeira bem como a salubridade”.

O deputado da Iniciativa Liberal defendeu também que as ilhas Selvagens “possam ser abertas” à pesca de salto e vara, já que este método, sublinhou Nuno Morna, é “altamente seletivo e de baixo impacto ambiental, não compromete” as áreas protegidas.

“É preciso ouvir os pescadores e armadores locais quando apelam às instâncias europeias para que aumentem as quotas de pesca, permitindo não só a viabilidade do sector, mas também a continuidade da atividade de forma sustentável para as gerações futuras”, disse Nuno Morna.

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