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Madeira: PCP denuncia contraste entre os lucros dos empresários e a precariedade dos trabalhadores da hotelaria

O PCP acusou o Governo da Madeira, liderado por Miguel Albuquerque, de ser “cúmplice dos que lucram com a precariedade laboral e com os baixos salários”.
27 Outubro 2023, 10h19

O PCP denunciou o contraste existente entre o aumento dos lucros dos empresários e a degradação das condições de trabalho e o aumento da precaridade laboral e dos baixos salários dos trabalhadores do sector da hotelaria e similares.

“O Governo de Miguel Albuquerque é cúmplice dos que lucram com a precariedade laboral e com os baixos salários”, disse o militante do PCP, Ricardo Lume.

Ricardo Lume alertou que a cada dia que passa a exploração dos trabalhadores é cada vez mais brutal. “Ritmos de trabalhos acelerados, horários desregulados e repartidos, contratos precários, uso abusivo de empresas de prestação de serviço e baixos salários, é a realidade laboral um sector de atividade com proveitos recorde, mas que não valoriza quem trabalha”, referiu o militante do PCP.

O militante do PCP salientou que o custo com o pessoal representa menos de 24% do total dos proveitos da hotelaria, e que a instabilidade laboral “é uma realidade” apesar de as entidades patronais dizerem que faltam trabalhadores no sector.

“Se dizem que faltam trabalhadores no sector por que razão não valorizam os salários, cumprindo assim a lei da oferta e da procura? Se dizem que faltam trabalhadores no sector da hotelaria por que razão não garantem melhores condições de trabalho? Se dizem que faltam trabalhadores por que razão uma parte significativa dos funcionários têm um vínculo precários e só no mês de setembro 117 trabalhadores do sector da hotelaria e similares engrossaram as listas do desemprego por que o seu contrato temporário não foi renovado?”, questionou Ricardo Lume.

Ricardo Lume afirmou que “este modelo de desenvolvimento baseado na precariedade e instabilidade laboral, é uma opção política do Governo Regional de Miguel Albuquerque que beneficia apenas aqueles que lucram com a exploração de quem trabalha”.

O militante do PCP sublinhou que na Madeira ao contrário do que os governantes vaticinam “não existe” paz social. “Existe sim repressão laboral, existe sim chantagem sobre dezenas de milhares de trabalhadores que estão confrontados com a perda do sustento das suas famílias pois não conseguem sair do “emaranhado” de precariedade e instabilidade laboral que a política laboral do PSD e do CDS-PP criaram, para permitir aos senhorios da Região continuar a explorar quem vive da sua força de trabalho”, acrescentou Ricardo Lume.

Ricardo Lume considerou que é preciso implementar na Região “uma política alternativa” que “garanta a valorização do trabalho, dos trabalhadores e das suas remunerações e que garanta que a cada necessidade de trabalho permanente represente um vínculo laboral efetivo”.

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