O PS Madeira considera que a redução da tarifa do subsídio de mobilidade, nas viagens áreas entre a Madeira e o território continental, em 10%, “mais não é do que uma tentativa de abafar a promessa não cumprida” do PSD de que os residentes iriam apenas pagar à cabeça o valor da viagem, sem terem de adiantar a totalidade do valor do bilhete.
O primeiro-ministro, Luís Montenegro, anunciou, no domingo, durante o congresso do PSD Açores, que iria existir uma redução de 10% na tarifa aérea máxima prevista no subsídio social de mobilidade para as ligações entre os Açores e o continente, passando de 134 euros para 119 euros para residentes e de 99 euros 89 para estudantes. O governante disse também que haverá uma redução de 33% nas ligações entre as duas regiões autónomas, passando de 119 euros para 79. Posteriormente o presidente do Governo Regional da Madeira, Miguel Albuquerque, confirmou que a redução de 10% na tarifa também incluía a Madeira.
“Fazendo as contas, os madeirenses passarão a pagar 77 euros e os estudantes 58,5 euros, mantendo-se o teto máximo de 400 euros”, referem os socialistas madeirenses.
Para o presidente do PS Madeira, Paulo Cafôfo, não é o facto de os madeirenses virem a pagar menos nove euros que “irá resolver o problema”.
Cafôfo considerou que este “bombom” do Governo da República “apenas quer fazer esquecer a garantia dada” pelo PSD Madeira de que os madeirenses “apenas iriam passar a pagar” à cabeça os 86 euros atualmente em vigor, sem terem de adiantar a totalidade do valor do bilhete, que “por vezes chega até a ultrapassar” o teto máximo de 400 euros que está definido.
“Este é um bombom para calar os madeirenses e esconder a falta de palavra do PSD Madeira”, disse Cafôfo.
O dirigente socialista salientou que o atual modelo de subsídio de mobilidade foi criado pelos governos de Passos Coelho e de Miguel Albuquerque, e lembrou que durante os executivos socialistas, e inclusive durante a última campanha para as eleições legislativas nacionais, o PSD “sempre assegurou que quando governasse iria fazer com que os madeirenses apenas tivessem de pagar o valor da viagem, sem terem de depois ir levantar o reembolso”.
Cafôfo referiu que “nada disso” se verificou.
“Aquilo que vimos foi o Governo a anunciar a criação de uma plataforma online para proceder ao pagamento do subsídio de mobilidade, medida que, para os cidadãos com menor habilidade em lidar com as novas tecnologias, não representa qualquer vantagem. Para além de que também não evita que as pessoas tenham de pagar a totalidade do valor do bilhete no ato da compra”, disse o dirigente do PS Madeira.
Para Cafôfo “o Governo vem agora, com estas migalhas, tentar fazer com que as promessas não cumpridas passem despercebidas aos olhos dos madeirenses. Como é seu apanágio, o PSD apenas promete, mas não cumpre.
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