[weglot_switcher]

Maior Internet Exchange do mundo quer fazer de Lisboa a “próxima capital de IA”

Lisboa pode ser o centro de ligação de redes situadas na América do Norte, América do Sul, África e resto da Europa, de acordo com o CEO da empresa. Em vista está a “Era da latência zero”, que deverá elevar o nível da experiência digital dos consumidores.
Ivo Ivanov é o CEO da DE-CIX
9 Junho 2025, 07h00

A DE-CIX, a maior Internet Exchange (IX) do mundo, quer fazer em Lisboa um centro de tráfego de redes de Internet (Internet Exchange, na sigla em inglês), com ligações para a América do Norte, América do Sul, África e resto da Europa.

O propósito passa por reduzir a latência associada a dispositivos que funcionam com recurso à Inteligência Artificial (IA), como é o caso dos carros autónomos e robôs humanoides. Isto significa encurtar cada vez mais do tempo de envio de informação entre dois pontos em locais distintos, ao redor do mundo.

De acordo com as palavras de Ivo Ivanov, CEO da DE-CIX, num almoço com jornalistas, a empresa quer tornar Lisboa “a próxima grande capital digital e capital de IA”. Em causa está a proximidade de Lisboa aos vários continentes referidos, que é de tal forma significativa que, no total, estão previstos investimentos na ordem de 12 mil milhões de euros para a criação de centros de dados em território português.

Neste sentido, o responsável aponta à “Era da latência zero”, já que um dos principais objetivos da DE-CIX passa por reduzir cada vez mais os tempos de resposta. Em consequência, o funcionamento das tecnologias será cada vez mais fluído, fruto de uma melhoria ao nível da performance em tempo real.

A companhia chegou a Portugal em 2019 e está hoje presente no Sines Data Center, um campus que alberga várias empresas de todo o mundo. No exterior, conta com divisões em Frankfurt (Alemanha), Nova Iorque (Estados Unidos), Mumbai (Índia) e Emirados Árabes Unidos. Procuram “cobrir tantas áreas quanto possível”, refere. “Os carros não irão até aos centros de dados, os centros de dados têm de ir até aos carros”

O próprio salienta o foco na “experiência digital” no uso de carros autónomos e robôs humanoides. É necessário que os aparelhos funcionem da melhor forma e com respostas rápidas, assim como garantir que são evitados determinados riscos. Coloca-se possibilidade de um hacker tentar tomar controlo das viaturas de forma invasora, o que deve ser mitigado ao máximo.

Copyright © Jornal Económico. Todos os direitos reservados.