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Maior queda de sempre. Crude WTI afunda 93% para novo mínimo nos 1,02 dólares

“A cavalaria, os cortes da OPEP+, não vai chegar a tempo de salvar este mercado do petróleo”, afirmou Phil Flynn, senior market analyst na Price Futures Group em Chicago, citado pela Reuters. “Ninguém quer ou precisa de petróleo agora”.
20 Abril 2020, 18h46

O preço do barril de Crude West Texas Intermediate (WTI) afunda esta segunda-feira 93,27%, para 1,02 dólares, um novo mínimo histórico. Por trás do maior tombo de sempre está uma cadeia de factores que estão a exacerbar o nervosismo num mercado que já está há semanas em estado de pânico.

A negociação dos contratos dos futuros para entrega em maio termina esta terça-feira, e num mercado em que não há nem compradores, nem lugar suficiente para armazenar o excesso de oferta, o traders estão a dispostos a vender os contratos que têm nas mãos, para não ficarem a segurar a ‘batata quente’.

A pandemia da Covid-19 tem levado a quedas a pique nos preços do petróleo, com as medidas de lockdown para combater o vírus a reduzirem a procura.  Devido ao excesso de oferta, o Departamento de Energia dos EUA explicou que o espaço de armazenamento no hub de Cushing, no Oklahoma, onde a entrega física dos barris tem lugar, está a escassear de forma rápida.

Uma guerra de preços entre a Arábia Saudita e a Rússia exacerbou as quedas dos preço, e mesmo um acordo entre os dois países e outros aliados na OPEP+ sobre um corte recorde de 9,7 milhões de barris por dia não tem sido suficiente para sustentar os preços.

O barril de petróleo Brent, referência para a Europa, cai 4,88% para 26,71 dólare.

“A cavalaria, os cortes da OPEP+, não vai chegar a tempo de salvar este mercado do petróleo”, afirmou Phil Flynn, senior market analyst na Price Futures Group em Chicago, citado pela Reuters. “Ninguém quer ou precisa de petróleo agora”.

 

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