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Maioria das empresas de comunicação social em Portugal teve lucros em 2019

Os resultados líquidos dos media portugueses atingiram os 19,5 milhões de euros, enquanto o EBITDA se fixou em 51,5 milhões de euros, de acordo com o relatório da Entidade Reguladora da Comunicação Social divulgado esta sexta-feira.
  • Fotografia cedida
20 Novembro 2020, 15h28

A maioria (66%) das empresas de comunicação social em Portugal – ou que consegue autonomizar essa atividade nas contas – apresentou resultados líquidos positivos em 2019, ainda que essa percentagem se tenha fixado três pontos percentuais abaixo daquela que foi registada em 2018, segundo um relatório da Entidade Reguladora da Comunicação Social (ERC) divulgado esta sexta-feira.

Os resultados líquidos dos media portugueses atingiram os 19,5 milhões de euros, enquanto o EBITDA (lucros antes de impostos, resultados financeiros, depreciações e amortizações) fixou-se em 51,5 milhões de euros, de acordo com a ERC. Porém, a proporção de empresas que teve EBIDTA positivo (69%) caiu cinco pontos percentuais em relação ao ano anterior.

No ano passado, os ativos totais das empresas de comunicação social ascenderam a 1.122 milhões 997 mil euros e os rendimentos totais da atividade a 938,4 milhões de euros. Ou seja, os rendimentos das empresas de comunicação social voltaram a contrair, mas apenas 0,9% – há, portanto, uma recuperação comparativamente à quebra de 3,6 % registada no ano anterior.  Aliás, mais de metade das empresas (52%) viram esses rendimentos crescerem em 2019.

É por esse motivo que o supervisor da comunicação social portuguesa considera que, na generalidade, se “pode dizer que o setor foi rentável”. “A alavancagem do setor permaneceu elevada, com uma proporção média de capitais próprios para o ativo de 41%”, argumenta a ERC no relatório de regulação intitulado “Análise Económico-Financeira do Setor de Media em Portugal 2019”.

“As quotas de mercado nos segmentos relevantes mantiveram-se próximas mas, em regra, tem permanecido ao longo dos anos uma publicação dominante, como por exemplo o Correio da Manhã, em jornais diários, com uma quota da circulação média anual de 37%, seguido pelo Jornal de Notícias com 20%, ou, nos semanais, o Expresso, com uma quota da circulação média anual de 65%”, lê-se no documento que se baseia na informação reportada no âmbito da lei nº 78/2015, de 29 de julho.

A 31 de dezembro de 2019 encontravam-se ativas e registadas na entidade 1.725 publicações periódicas, 309 empresas jornalísticas, 286 operadores de radiodifusão, 109 serviços de programas distribuídos exclusivamente pela internet, 25 operadores televisivos, dez operadores de distribuição de televisão (STVS) e duas empresas noticiosas.

No universo das maiores e mais representativas empresas do setor, só o segmento dos operadores de televisão e a agência noticiosa (Lusa) registaram crescimento médio das receitas de exploração, na ordem dos 5%. Os restantes segmentos – i.e. STVS (que inclui telecomunicações), conglomerados media, publicações periódicas e rádio – viram as receitas diminuir cerca de 3% em 2019.

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