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Mais de metade das empresas portuguesas antevê queda das vendas no primeiro trimestre

Segundo o inquérito “Sinais Vitais | Expectativas face um futuro próximo”, realizado em parceria pela CIP e o ISCTE, , 51% das entre 735 empresas inquiridas antecipam uma quebra da faturação nos primeiros três meses deste ano face ao primeiro trimestre de 2020.
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18 Janeiro 2021, 17h00

Mais de uma em cada duas empresas está pessimista quanto ao futuro próximo, uma vez que antevê uma quebra do volume de vendas no primeiro trimestre deste ano face a igual período do ano passado.

De acordo com o inquérito “Sinais Vitais | Expectativas face um futuro próximo”, realizado em parceria pela CIP — Confederação Empresarial de Portugal e o Marketing Future CastLab do ISCTE, que foi divulgado esta segunda-feira, entre 735 empresas inquiridas, 51% antecipam que vão faturar menos nos primeiros três meses deste ano face ao primeiro trimestre de 2020. Um terço das empresas (33%) acredita que vai manter o mesmo volume de faturação, enquanto 16% está mais otimista em relação ao curto-prazo, antevendo um aumento das vendas.

Destaque para o facto de 60% das micro empresas inquiridas, que representaram 45% da amostra total, e de 48% das pequenas empresas, que corresponderam a 32% da amostra, antecipam uma quebra da faturação no primeiro trimestre deste, em termos homólogos.

Ainda assim, e como este inquérito não abrangeu ainda o novo confinamento geral, o pessimismo em relação a este indicador deverá tornar-se “mais acentuado” no próximo inquérito da CIP/ISCTE, que já vai abarcar a novo confinamento, segundo explicou Rafael Campos Pereira, vice-presidente da CIP.

De resto, o inquérito conclui que mais de metade das empresas já registara uma quebra nas encomendas em carteira entre 1 de janeiro deste ano e 1 de janeiro do ano passado.

Retirando-se do universo das empresas que consideram que este indicador — encomendas em carteira — não se lhes aplica, 55% das companhias já registaram uma diminuição do volume de vendas em carteira que, em média, foi de 40%. Apenas 11% das empresas registou um aumento das encomendas, em média, de 26%.

“Empresas estão a fazer um esforço patriótico”

O inquérito da CIP/ISCTE abordou ainda a expectativa das empresas sobre a manutenção dos postos de trabalho no primeiro trimestre do ano e mais de oito em dez das companhias antecipa manter ou reforçar o quadro de pessoal.

“É um esforço patriótico”, sublinhou o vice-presidente da CIP, frisando que a “economia só pode crescer se as empresas crescerem e puderem ser apoiadas”.

De resto, este esforço das empresas em manter ou reforçar o quadro de pessoal — 18% sinalizou que antecipa reduzir o número de trabalhadores —, é visto pela confederação patronal como uma resposta positiva do tecido empresarial português face à crise económica provocada pela Covid-19.

“A crise só não é incomensuravelmente maior porque as empresas estão a fazer um grandes esforço para fazer face às suas responsabilidades”, financeiras e sociais, afirmou Rafael Campos Pereira.

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