Nos últimos dois meses, os turistas que necessitam de controlo de passaportes para entrar e sair de Portugal através do Aeroporto Humberto Delgado, em Lisboa, têm enfrentado uma situação desesperante. O tempo de espera para entrar no país ultrapassa muitas vezes as quatro horas. Para sair, o problema mantém-se: a espera ronda, em média, uma hora. Este cenário caótico deve-se à instalação de novas máquinas eletrónicas de controlo dos passaportes que, em vez de facilitarem e acelararem o processo, complicaram-no ainda mais devido a uma série de falhas graves na forma como foram postos a funcionar.
A responsabilidade pela gestão e operação destes sistemas cabe ao Serviço de Segurança Interna (SSI), que decidiu ativar o novo sistema de controlo automático de passaportes sem avisar atempadamente a ANA Aeroportos – a entidade gestora do aeroporto – e, pior ainda, sem realizar os testes necessários para garantir o seu correto funcionamento. A decisão foi avançar e instalar, na convicção otimista de que correria bem. Aconteceu exatamente o contrário.
Para tornar tudo ainda mais difícil e irremediável no curto prazo – as máquinas foram instaladas em maio e até agora continua tudo na mesma – o SSI não fez qualquer plano de contingência para responder a eventuais falhas que pudessem surgir, Esta falta de planeamento e de comunicação criou um verdadeiro colapso operacional que, na melhor das hipóteses, só ficará resolvido no início de julho, embora, perante tantos problemas, uma fonte que acompanha o processo diz ter “dúvidas legítimas” sobre esta promessa do SSI.
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