O Presidente da República rejeitou hoje que se normalize violações repetidas do direito internacional, a propósito da segurança na Europa, e defendeu que é preciso manter diálogo permanente com a administração norte-americana de Donald Trump.
Marcelo Rebelo de Sousa, que falava no Castelo de Praga, numa conferência de imprensa conjunta com o Presidente checo, Petr Pavel, em resposta a uma pergunta sobre a Gronelândia, assinalou que Donald Trump foi fazendo declarações diferentes sobre esse e outros temas.
Em termos gerais sobre as relações transatlânticas, o chefe de Estado considerou que não se deve “dramatizar excessivamente aquilo que não merece ser dramatizado”, mas também frisou a mensagem de que “não há aliados às fatias” e salvaguardou a importância do respeito pelo direito internacional.
“Não podemos admitir que o direito internacional possa ser questionado uma vez, duas vezes, três vezes, quatro vezes, e seja considerado natural, porque torna o mundo mais instável”, afirmou.
Segundo o Presidente da República, não se deve ter, no entanto, uma visão “literalista, ou se quiserem emocional, ou se quiserem mediática, de uma posição ou de uma suposta posição” transmitida por Donald Trump.
Para Marcelo Rebelo de Sousa, “num processo entre aliados, o conversar é fundamental, porque uma coisa é o efeito mediático chocante de uma primeira declaração, depois é observar, passadas umas semanas e passados uns meses, qual é a realidade que resulta daquilo que se especulou sobre o sentido da declaração”.
“Há uma grande diferença”, referiu.
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