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Marcelo volta a rejeitar crise política em caso de chumbo do Orçamento do Estado (com áudio)

O agravamento da pandemia, o aumento dos preços da energia e uma recuperação lenta da economia são alguns dos desafios que assombram Portugal, a Europa e o mundo, relembra o Presidente da República.
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22 Outubro 2021, 13h21

O Presidente da República considera que já existem “muitos problemas no horizonte” tanto a nível nacional como europeu e mundial e por isso descarta um cenário em que se instala uma crise política em Portugal como consequência de um eventual chumbo do Orçamento do Estado para 2022 (OE2022).

“Olho para o mundo e Europa, vejo que a recuperação não está a começar, a pandemia está a voltar, a situação a agravar, os preço da energia a subir — muitos problemas no horizonte. Uma crise política só se juntaria aos problemas” que já existem, disse Marcelo, esta sexta-feira, em Londres depois de ter visitado a exposição de Paula Rego, na Tate Gallery.

“Esperava e espero, e desejava e desejo que seja possível ter orçamento. Não é por acaso que na nossa historia política não existem muitos episódios de um orçamento chumbado”, relembra, fazendo ecoar as palavras proferidas de António Costa, esta quarta-feira, quando argumentou que “ao longo dos últimos seis anos temos tido resultados positivos” e que por isso “não vê razões para que à sétima seja diferente”.

Até ao momento, António Costa, PCP e Bloco de Esquerda ainda não chegaram a acordo para garantir a viabilização do OE2022 que vai a votação esta quarta-feira no Parlamento. Na verdade, e de acordo com o jornal “Público“, os bloquistas anunciaram esta segunda-feira que todas as nove propostas sugeridas foram recusadas pelo Governo.

Questionado sobre irá voltar a chamar os partidos a Belém, Marcelo Rebelo de Sousa garante que não. “Tenho acompanhado à distancia o que se passa e não quero interferir nos contactos muito seguidos, pormenorizados entre partidos e Governo”.

“O Presidente agora aguarda para ver o epílogo desses contactos e o sentido da votação”, atirou, recusando responder as mais perguntas depois de repetir as palavras de ontem: “Eu trabalho no cenário mais desejável [aprovação do OE2022]. Não trabalho com base em mais nenhum”.

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