Margem de refinação da Galp recua 15% no quarto trimestre de 2024

A Galp viu a margem de refinação cair 15% para 5,2 dólares por barril no quarto e último trimestre de 2024, em comparação com o período homólogo. Nos últimos três meses de 2023, a margem de refinação da petrolífera portuguesa tinha ficado nos 6,2 dólares por barril.

A margem de refinação da Galp recua então há três trimestres consecutivos e volta a ficar abaixo das expectativas dos analistas. Lembrar que, no primeiro trimestre de 2024, a petrolífera conseguiu duplicar a sua margem de refinação até aos 12 dólares.

Ainda assim, a diferença entre o valor de aquisição do petróleo e o preço de venda dos seus produtos refinados – gasolina e gasóleo, por exemplo – melhorou 12% face ao trimestre anterior, quando se fixou nos 4,7 dólares por barril e afundou 68% em relação ao terceiro trimestre de 2023.

Os dados foram apresentados esta segunda-feira, 3 de fevereiro, no trading update da Galp à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), em forma de antecipação ao que os investidores podem esperar nos resultados do quarto trimestre e totalidade do ano, cuja apresentação está marcada para 17 de fevereiro.

A produção de produtos petrolíferos recuou 5% entre trimestres, para um total de 3,9 toneladas métricas, enquanto a venda de produtos petrolíferos deslizou 2% em relação aos três meses anteriores, até às 1,8 milhões de toneladas. Já as vendas de gás natural cresceram 7% e as de eletricidade em 8% em cadeia, e reportaram aumentos de 27% e 29%, respetivamente.

A Galp manteve uma capacidade instalada de 1,5 GW no último trimestre de 2024, embora reflita um aumento de 8% face ao período homólogo, é uma estabilização em termos trimestrais. Contudo, a Galp viu a produção de eletricidade renovável afundar 59% em comparação com o trimestre anterior e ainda um recuo de 3% face ao trimestre homólogo.