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Mario Draghi mostra-se preocupado com independência da Reserva Federal dos EUA

“Certamente estou preocupado com a independência do banco central em outros países, especialmente na jurisdição mais importante do mundo”, afirmou o presidente do Banco Central Europeu sobre os EUA.
13 Abril 2019, 19h42

O presidente do Banco Central Europeu (BCE), Mario Draghi, diz-se preocupado com a independência da Reserva Federal dos Estados Unidos, alertando que a perda da sua autonomia poderia minar a credibilidade da política, revela a agência “Reuters”.

A indicação do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de dois candidatos polémicos ao conselho da Fed e apelos persistentes para cortes nas taxas, fez suar os alarmes da interferência do Governo, desafiando um princípio fundamental do banco central moderno.

“Certamente estou preocupado com a independência do banco central em outros países, especialmente na jurisdição mais importante do mundo”, afirmou o presidente do Banco Central Europeu sobre os EUA.

“Se o banco central não é independente, então as pessoas podem pensar que as decisões da política monetária seguem o conselho político em vez de uma avaliação objetiva das perspetivas económicas”, referiu Mário Draghi em conferência de imprensa.

Os Governos da Turquia, da Índia e dos Estados Unidos pressionaram os seus bancos centrais nos últimos meses, levando a um debate sobre o valor da independência.

“Dentro do (seu) mandato, no entanto, os bancos centrais devem ser deixados livres para escolher qual é a melhor maneira de cumprir o mandato”, afirmou o líder do BCE.

Ainda assim, Mário Draghi argumentou que não vê uma ameaça semelhante à independência do BCE, dadas as garantias legais, e também não acredita que casos de interferência em outros setores bancários venham a colocar em causa a confiança global.

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