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Marisa Matias recorre ao futebol para falar sobre o racismo em Portugal

Apesar de terem sido referidos durante o evento, nem Ricardo Quaresma ou Éder Lopes têm demonstrado apoio a qualquer um dos candidatos presidenciais. A candidata também mencionou o nome de Eusébio durante o evento onde abordou temas raciais.
  • Marisa Matias
20 Janeiro 2021, 14h35

Marisa Matias, tal como os restantes candidatos presidenciais, continua em campanha. O mais recente comício virtual da candidata do Bloco de Esquerda (BE) ficou marcado pelo discurso onde mencionou o nome de jogadores de futebol para falar sobre o problema do racismo na sociedade portuguesa.

Durante o discurso, candidata presidencial apontou que “muitos poderes têm tentado usar o futebol como um instrumento político” e ainda que “houve muito quem quisesse utilizar o jogo mais popular em Portugal como uma rampa de lançamento de carreiras”.

Sobre a seleção nacional, Marisa Matias disse que o futebol “é a prova de que a nossa terra é de toda a gente” em que “não se escolhe um jogador por ser cigano ou não, ou por ser branco, ou negro, mas por ser um bom médio ou um bom avançado ou um bom guarda-redes”.

Marisa Matias sublinhou Ricardo Quaresma, que pertence à comunidade cigana, que “quando marcou golos os racistas calaram-se caladinhos”, mas também Eusébio e Coluna, que “ninguém se lembrou de lhes dizer que deviam voltar para a sua terra e os racistas ficaram calados perante aqueles dois homens e perante outros como eles”. A candidata referiu ainda que sobre Éder: “Não me lembro de os racistas se terem atrevido a insultá-lo”.

“Os racistas detestam esta seleção de futebol com todas as cores. E vivem neste drama: dizem que querem correr com os imigrantes para a sua terra ou falam dos bairros onde muitos deles vivem como covis de “bandidos”, afirmou a bloquista.

Apesar de terem sido referidos durante o evento, nem Ricardo Quaresma ou Éder Lopes têm demonstrado apoio a qualquer um dos candidatos presidenciais.

Embora nunca se tenha posicionado politicamente, Ricardo Quaresma opôs-se às criticas de André Ventura sobre a comunidade cigana. “O populismo racista do André Ventura apenas serve para virar homens contra homens em nome de uma ambição pelo poder que a história já provou ser um caminho de perdição para a humanidade”, escreveu a 5 de maio Ricardo Quaresma no Facebook.

Triste de quem tenta ser alguém na vida atirando os homens uns contra os outros.
Quando um homem se ajoelha na frente de…

Publicado por Ricardo Quaresma em Terça-feira, 5 de maio de 2020

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