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Marrocos interceta 1.110 imigrantes que pretendiam chegar a Espanha

As autoridades marroquinas intercetaram imigrantes que pretendiam ir para Espanha, em várias operações em localidades do Norte do país, próximas das cidades espanholas de Ceuta e Melilla.
1 Janeiro 2024, 17h57

As autoridades marroquinas intercetaram 1.110 imigrantes que pretendiam ir para Espanha, em várias operações em localidades do Norte do país, próximas das cidades espanholas de Ceuta e Melilla, disseram hoje as forças armadas. Segundo o comunicado do Estado-Maior General das Forças Armadas Reais, as operações realizadas durante  a noite nas localidades de M’diq, Fnideq e Nador foram levadas a cabo por unidades do exército marroquino, em colaboração com as forças da ordem e as autoridades locais.

De acordo com a mesma fonte, 935 migrantes foram intercetados em M’diq e Fnideq, localidades próximas de Ceuta, enquanto que em Nador, perto de Melilla, foram intercetados 175 migrantes de diferentes nacionalidades (marroquinos, argelinos, tunisinos e iemenitas).

Segundo dados oficiais das autoridades espanholas, entre 01 de janeiro e 15 de dezembro de 2023, entraram em Espanha de forma irregular em embarcações precárias mais de 51.700 pessoas, o número mais elevado dos últimos cinco anos.

O número de chegadas de migrantes nesta situação a Espanha até 15 de dezembro já superou o registado em qualquer ano civil completo desde 2018, quando as autoridades espanholas registaram a entrada de 57.498 pessoas a bordo de ‘pateras’ – nome dado em Espanha às embarcações precárias.

Cerca de 72% das chegadas de migrantes a Espanha ocorreram nas ilhas Canárias, que registaram um pico inédito de 561 ‘pateras’, tendo acolhido 37.187 migrantes, mais 140% do que em 2022, segundo as estatísticas oficiais.

Recorde-se que também esta segunda-feira foi conhecido que cerca de 30 mil imigrantes chegaram ilegalmente à costa inglesa em 2023, atravessando o Canal da Mancha em barcos improvisados, o que se traduz numa queda acentuada em comparação com 2022, que foi um ano recorde.

Estes números estão a ser analisados de perto no Reino Unido, onde os sucessivos governos conservadores prometeram “retomar o controlo das fronteiras” após o ‘Brexit’, refere uma notícia da Agence France-Presse (AFP).

Em 2023, 29.437 migrantes fizeram a travessia, sendo que em 2022 foram 45.774 os migrantes que atravessaram o Canal, segundo dados do Ministério do Interior britânico.

No entanto, o valor de 2023 continua a ser o segundo mais elevado de que há registo, superior ao de 2021 (28.526).

Cerca de 20% dos migrantes que chegaram às costas britânicas em 2023 eram do Afeganistão, de acordo com os dados do Ministério do Interior do Reino Unido até 29 de novembro. Seguiram-se os iranianos, que representaram cerca de 12% das travessias, seguidos pelos turcos (11%), eritreus (9%) e iraquianos (9%).

Em contrapartida, o número de albaneses, que se encontravam entre os mais numerosos a efetuar a travessia em 2022 (12 658), diminuiu mais de 90%.

Londres e Tirana chegaram a um acordo com o intuito de impedir a saída ilegal de albaneses para o Reino Unido.

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