Segundo um comunicado da Mastercard, a nova ferramenta criada pela empresa de cartões de pagamento permite aos bancos dar informação aos clientes sobre a sua pegada de carbono e insights para que que possam fazer compras mais informadas. Permite, ainda, oferecer soluções para os clientes contribuírem para a reflorestação de várias zonas do planeta.
No âmbito do compromisso de longo prazo de ajudar empresas e consumidores a contribuir para a sustentabilidade do planeta, a Mastercard desenvolveu a Calculadora de Carbono, a qual está integrada na plataforma que inclui a Priceless Planet Coalition e que tem, entre outras missões, o objetivo de plantar 100 milhões de árvores.
Os bancos podem integrar facilmente a Calculadora de Carbono nas suas aplicações móveis, através de novas APIs, agora disponíveis na Mastercard Developers.
A ferramenta foi desenvolvida em parceria com a fintech sueca Doconomy e “está integrada em toda a rede global da Mastercard, podendo, a partir de agora, ser integrada e personalizada pelos bancos que queiram oferecer aos clientes eco-conscientes que pretendam mais informação sobre o impacto dos seus gastos”, avança a empresa. A Mastercard diz que a ferramenta oferece, ainda, o acesso a informação e dados sobre o impacto de cada gasto ou transação em termos de emissões, além de que permite que as pessoas possam facilmente contribuir para preservar o ambiente.
Além da calculadora de carbono, a Mastercard oferece outros produtos e serviços focados no ambiente, como cartões feitos a partir de materiais sustentáveis, para reduzir o desperdício de plástico.
Esta ferramenta surge na sequência do novo estudo da Mastercard, realizado em 14 países europeus, incluindo Portugal, que mostra que a pandemia está a levar milhões de pessoas a considerar comportamentos mais sustentáveis, refere a empresa que avança que 75% dos portugueses inquiridos reconheceu estar mais preocupado com a redução da pegada de carbono.
“Os consumidores estão hoje mais propensos a adotar um consumo mais sustentável do que no período pré pandemia, de acordo com um novo estudo sobre sustentabilidade, encomendado pela Mastercard e realizado em 14 países europeus, incluindo Portugal”, lê-se no comunicado.
A grande maioria dos portugueses inquiridos (75%) reconheceu estar mais preocupado com a redução da pegada de carbono, do que na pré-pandemia e 76% tornaram-se mais conscientes sobre como as suas ações podem impactar o ambiente, com Geração Z (82%) a liderar o movimento. “Os resultados confirmam a existência de uma tendência crescente dos consumidores em fazer gastos e consumos eco-conscientes”, refere a Mastercard.
Este interesse tem crescido na última década, apesar de, no último ano, se ter verificado uma rápida alteração de atitudes e ações como resultado direto do Covid-19. “Para além dos consumidores revelarem uma maior consciência das suas próprias ações sobre o meio ambiente, mais de metade dos portugueses (55%) considera que as empresas também devem comportar-se de forma mais sustentável e ecológica”, avança o estudo.
Entre as principais questões que os portugueses querem que as empresas e as marcas se concentrem estão a redução do desperdício (51%), o aumento da sustentabilidade e durabilidade dos produtos (36%) e o combate à poluição do lixo plástico (26%).
A Calculadora de Carbono permite que os consumidores recebam um retrato instantâneo das emissões de carbono geradas pelas suas compras e transações, através das categorias de gastos. Os cálculos são alimentados pelo Índice Åland, um índex verificado e independente, e podem ser aperfeiçoados com equivalentes de CO2 que sejam mais relacionáveis e fáceis de entender (como, por exemplo, o número de árvores necessários para absorver a mesma quantidade de CO2), bem como dicas sobre hábitos mais sustentáveis. Os consumidores podem também a compensar a sua atividade, contribuindo para os projetos de recuperação florestal da Priceless Planet Coalition – seja através da doação ou da utilização de pontos de recompensa e de programas de fidelização dos seus bancos.
Mark Barnett, presidente da Mastercard Europe afirma, a propósito desta iniciativa, que “é imperativo que as empresas reconheçam como podem ajudar o planeta a prosperar. Não só porque é uma questão primordial para os consumidores, mas porque, acima de tudo, é o que devemos fazer. No fim das contas, este planeta é de todos e há a responsabilidade coletiva de pôr em prática esta ação”.
Desde o Covid-19, as preocupações ambientais têm crescido exponencialmente, “o que significa que os nossos esforços devem ir no mesmo sentido. Continuamos a explorar novas e inovadoras formas de dar contributos significativos no âmbito do nosso negócio e procuramos, arduamente, partilhar as nossas ambições com uma rede mais alargada para incentivar outros a darem, connosco, passos importantes como este”, conclui.
“A Mastercard redefiniu o papel que a indústria financeira pode desempenhar, todos os dias, na resolução da crise climática, ao procurar envolver toda a indústria para gerar informação individualizada que contribua para impulsionar uma ação coletiva”, explica, por sua vez Mathias Wikström, Diretor Executivo da Doconomy.
“Quando outros falam da importância do ESG, a Mastercard está a concretizá-la, nas métricas de cada transação que é feita, colocando essa informação à disposição dos consumidores”, acrescenta.
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