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Media Capital disparou 34,39% em reação à potencial OPA da Cofina

O mercado atribui esta subida das ações à notícia de 16 de agosto que a Cofina admite lançar OPA sobre a dona da TVI se as negociações exclusivas (cujo prazo acaba em setembro) tenham um desfecho positivo. A contrapartida da OPA será fixada por um auditor independente.
26 Agosto 2019, 18h28

As ações da Media Capital, dona da TVI e da Rádio Comercial, dispararam esta segunda-feira 34,39% para 2,54 euros, depois de estarem sem negociar desde o passado dia 19 de agosto (altura em que fecharam a 1,89 euros). Já a Cofina recuou 0,40% para 0,498 euros.

As ações reagem tardiamente ao facto de a empresa liderada por Paulo Fernandes ter revelado a intenção de lançar uma OPA (oferta pública de aquisição) sobre a dona da TVI se as negociações exclusivas chegarem a bom porto. Tal como comunicado a 16 de agosto essas negociações deverão durar 30 dias, mas poderá ser prolongado.

No âmbito destas negociações, diz a Cofina, prevê-se que esta venha a “adquirir à Prisa a totalidade do capital social na Vertix, sociedade comercial através do qual a Prisa detém ações representativas de 94,69% do capital social e dos direitos de voto da Media Capital, ao invés de proceder diretamente à aquisição da participação na Media Capital”.

Caso as negociações com a Prisa sejam concluídas com a celebração de um contrato de compra e venda – que incluirá os termos e condições que venham a ser acordados entre as partes para o negócio -, a Cofina procederá simultaneamente à divulgação de um anúncio preliminar de OPA sobre as ações remanescentes da Media Capital”, adiantava o comunicado.

A Cofina admitiu que, uma vez que a liquidez da Media Capital é reduzida, venha a ser designado pelo regulador do mercado, a CMVM, um “auditor independente para fixar a respetiva contrapartida.”

O “Expresso” escreveu no fim de semana que a decisão final de compra da Media Capital pela Cofina deverá ser tomada no início de setembro, estando neste momento a decorrer as “negociações exclusivas”, confirmadas há uma semana e meia pela Cofina e pelo grupo espanhol Prisa, dono da Media Capital. O jornal refere ainda que a Cofina se está a apresentar sozinha a concurso nesta fase, sem recurso a outros investidores, estando já assegurado o financiamento da operação por bancos internacionais.

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