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Medina sobre rating: “Portugal conquistou um lugar entre o grupo de países com maior qualidade creditícia”

Governo lembra que o país fica agora com uma notação de risco em patamares “A” por três agências de rating (Moody’s, Fitch e DBRS), o que abre a porta de um conjunto muito alargado de investidores à dívida pública portuguesa.
18 Novembro 2023, 08h37

O Ministro das Finanças reagiu em comunicado à subida do rating da República, dizendo que “o facto de esta decisão da Moody’s ter sido tomada já após a marcação de eleições legislativas antecipadas, demonstra que os fundamentais da economia são robustos e confirma que Portugal conquistou um lugar entre o grupo de países com maior qualidade creditícia e maior credibilidade internacional”.

”Um lugar que é essencial preservar”, sublinha Fernando Medina.

“Esta avaliação traduz-se assim em juros mais baixos para o Estado, as empresas e as famílias, o que é sempre importante, mas é ainda mais importante num contexto de uma política do BCE de taxas de juro altas”, destaca o Ministro das Finanças.

A agência de notação financeira Moody’s melhorou esta sexta-feira a notação de ‘rating’ que atribui ao risco da dívida da República Portuguesa para “A3”, com perspetiva estável, colocando o país no patamar de notações “A”, o seu melhor registo desde 2011.

Na justificação para a sua decisão, a agência destaca os efeitos positivos no médio prazo de “uma série de reformas económicas e orçamentais, a desalavancagem do setor privado e o continuado fortalecimento do setor bancário”.

O Ministério das Finanças destaca que há já três agências a avaliar Portugal em patamares ‘A’.

“Esta decisão permitirá colocar a dívida pública portuguesa num número mais alargado de investidores internacionais, possibilitando juros mais baixos para o Estado e para toda a economia”, refere o Governo.

A Moody’s considera que as perspetivas de médio-prazo para a economia portuguesa estão suportadas por investimentos públicos e privados significativos, também no âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência, pela capacidade de atração do país que contraria a tendência de envelhecimento populacional verificada nas economias avançadas, um aumento da participação no mercado de trabalho e pela melhoria da produtividade.

O Ministério conclui que “Portugal é considerado um país que garante a sustentabilidade das suas finanças públicas através de uma redução sustentada do défice orçamental, da sua dívida pública e privada e por uma trajetória de crescimento económico marcado”.

”Este enquadramento explica uma maior resiliência e competitividade da economia e, por isso, uma redução do risco de crédito do soberano”, refere o Governo que realça que a Moody’s antecipa mesmo que a economia portuguesa cresça a um ritmo médio de 2% nos próximos 5 anos.

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