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Médio Oriente: António Costa pede contenção e diplomacia

O presidente do Conselho Europeu apelou à contenção e à diplomacia após os ataques de Israel ao Irão, situação com a qual está “profundamente preocupado”. Liga Árabe fez o mesmo.
Portuguese Prime Minister Antonio Costa speaks to the press as he attends a European Union leaders summit in Brussels, Belgium March 21, 2024. REUTERS/Johanna Geron/File Photo
13 Junho 2025, 11h03

O presidente do Conselho Europeu, António Costa, apelou esta manhã à contenção e à diplomacia após os ataques de Israel ao Irão, situação com a qual está “profundamente preocupado”. “Estou profundamente preocupado com os últimos acontecimentos no Médio Oriente”, referiu Costa, numa mensagem divulgada nas redes sociais, na qual apelou “à contenção e à diplomacia”. O ex-primeiro-ministro apelou ainda a que seja evitada “uma nova e perigosa escalada, que desestabilizaria toda a região” do Médio Oriente.

Do seu lado, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, classificou como “notícias profundamente alarmantes” as relativas aos bombardeamentos israelitas a dezenas de alvos militares e nucleares iranianos no Irão e apelou à “máxima contenção” das partes. “As notícias que nos chegam do Médio Oriente são profundamente alarmantes. A Europa apela a todas as partes para que deem provas da máxima contenção, reduzam imediatamente a escalada e se abstenham de retaliações”, escreveu Ursula von der Leyen, numa publicação nas redes sociais. “Uma resolução diplomática é agora mais urgente do que nunca, a bem da estabilidade da região e da segurança mundial”, adiantou a líder do executivo comunitário.

A posição surge depois de, minutos antes, a chefe da diplomacia da União Europeia (UE), Kaja Kallas, ter dito que a situação no Médio Oriente é perigosa, após um ataque de Israel ao Irão. “A situação no Médio Oriente é perigosa”, referiu a alta Representante para a Política Externa da UE, numa mensagem divulgada nas redes sociais e na qual apela “a todas as partes para que deem provas de contenção e evitem uma nova escalada” conflitual. “A diplomacia continua a ser o melhor caminho a seguir e estou pronta a apoiar todos os esforços diplomáticos no sentido de desanuviar a situação”, acrescentou Kaja Kallas.

A Liga Árabe, formada por 22 países árabes, também apelou para a contenção de uma escalada da tensão após o ataque, para se “evitar que a situação fique fora de controlo”. “A secretaria-geral da Liga Árabe condena os ataques israelitas contra o território iraniano e afirma que constituem uma violação flagrante do Direito internacional”, afirmou a entidade pan-árabe, com sede no Cairo, num comunicado.

Além disso, exigiu “uma intervenção decisiva e imediata da comunidade internacional para deter esses ataques, que ameaçam abalar a região”, além de sublinhar “a necessidade de conter a escalada e evitar que a situação fique fora de controlo”.

O exército de Israel atacou a capital do Irão, com o Governo israelita a afirmar ter como alvo instalações nucleares e militares. Os ataques noturnos, efetuados por 200 aviões contra uma centena de alvos, atingiram sobretudo Teerão e a central de enriquecimento de urânio de Natanz (centro).

As forças armadas iranianas afirmaram que não haverá limites na sua resposta a Israel após os ataques da madrugada a Teerão e a várias outras cidades do país.

Já durante a manhã, Israel disse foram lançados mais de 100 drones contra território israelita e que “todos os sistemas de defesa estão a funcionar para eliminar as ameaças”.

 

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