O exército de Israel anunciou este domingo que identificou os corpos de seis reféns recuperados na Faixa de Gaza, duas mulheres e quatro homens, incluindo um israelo-norte-americano e um israelo-russo.
Num comunicado, as Forças de Defesa de Israel (IDF, na sigla em inglês) disseram que, em conjunto com o Shin Bet, a inteligência doméstica israelita, localizaram no sábado e recuperaram os corpos de seis reféns “de um túnel na zona de Rafah”, no sul da Faixa de Gaza.
Cinco dos reféns – com idades entre os 23 e os 32 anos – tinham sido raptados no festival de música Nova techno, durante o ataque surpresa de 7 de outubro contra o sul de Israel, por membros do Hamas.
O ataque do movimento islamita palestiniano matou mais de 1.200 pessoas em Israel, a maioria civis, de acordo com uma contagem da agência de notícias France-Presse, baseada em números oficiais israelitas.
Um total de 251 pessoas foram raptadas e levadas para Gaza, de acordo com as autoridades israelitas.
Destas, perto de cem foram libertadas no final de novembro, durante uma trégua, em troca de prisioneiros palestinianos, e 97 reféns continuam detidos no território palestiniano, 33 dos quais terão morrido, de acordo com as IDF.
O ministro da Defesa israelita, Yoav Gallant, disse que os seis reféns estavam vivos quando foram raptados e depois “mortos a sangue-frio pelo Hamas”.
O movimento tinha em abril divulgado provas que estes reféns ainda estavam vivos, incluindo um vídeo, filmado pelos captores, que mostrava o israelo-norte-americano Hersh Goldberg-Polin.
Em resposta ao ataque de outubro, Israel declarou guerra ao Hamas, bombardeando várias infraestruturas do grupo e impondo um cerco total à Faixa de Gaza.
A ofensiva israelita fez pelo menos 40.691 mortos, de acordo com o Ministério da Saúde do enclave, controlado pelo Hamas desde 2007. De acordo com a ONU, a maioria dos mortos são mulheres e menores.
Os Estados Unidos, o Qatar e o Egito continuam a tentar mediar um acordo para um cessar-fogo e a libertação dos reféns israelitas na Faixa de Gaza, em troca de prisioneiros palestinianos.
“Um acordo para a devolução dos reféns estava em discussão há dois meses. Sem os atrasos, a sabotagem e os pretextos, aqueles cujas mortes soubemos esta manhã estariam certamente ainda vivos”, afirmou este domingo um grupo de familiares dos reféns.
“É tempo de trazer os nossos reféns para casa, ajudar os vivos a recuperar e enterrar os mortos com dignidade”, acrescentou o grupo, num comunicado.
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