O número de mortos na Faixa de Gaza desde o início dos ataques israelitas, há mais de 20 meses, ultrapassou os 57.000, de acordo com a última contagem do Ministério da Saúde, controlado pelo Hamas.
Só nas últimas 24 horas, ataques israelitas causaram a morte de 142 pessoas e feriram cerca de 500 outras.
Além destes ataques, outros 223 corpos foram identificados e incluídos no número de mortos depois de terem sido libertados pelo comité judicial encarregado de gerir as pessoas desaparecidas na Faixa de Gaza.
O número total de vítimas mortais ascende agora a 57.012, de acordo com as autoridades do enclave.
As autoridades palestinianas estimam que milhares de pessoas continuam presas sob os escombros devido aos incessantes bombardeamentos israelitas e, neste contexto, a falta de maquinaria pesada e o facto de muitos corpos permanecerem em zonas de combate dificultam a recuperação dos cadáveres pelas equipas de salvamento.
Muitas pessoas têm sido mortas em pontos de ajuda humanitária, com as Nações Unidas a condenar veementemente a Fundação Humanitária de Gaza, uma organização que funciona à margem da ONU.
A Fundação Humanitária de Gaza foi criada pelos Estados Unidos e autorizada por Israel para a distribuição de ajuda alimentar no enclave e, de acordo com a ONU, até 30 de junho pelo menos 580 palestinianos foram mortos a tentar chegar aos pontos de distribuição ou à espera de outros contingentes de ajuda.
Na segunda-feira, um homem de 29 anos morreu por desnutrição, elevando para 67 o número de mortos pela falta de alimentos causada pelo bloqueio israelita à ajuda humanitária.
“Não são apenas as crianças que são vítimas da fome, todos os grupos vulneráveis que necessitam de cuidados médicos e nutrição adequada estão em risco de morte sob o atual cerco”, escreveu na sua página da rede social Facebook o diretor da Saúde de Gaza, Munir al Bursh, sobre o caso.
Desde o início deste ano, uma média de 112 crianças de Gaza foram internadas em hospitais do enclave palestiniano para receber tratamento por desnutrição aguda, alertou o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF).
No total, só este ano, 18.809 crianças com menos de 5 anos foram internadas para receber tratamento, 2.500 delas em casos graves.
A ofensiva israelita foi desencadeada pelo ataque sem precedentes do grupo islamita Hamas a Israel, em 07 de outubro de 2023, que causou cerca de 1.200 mortos e fez perto de 250 reféns.
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