A imobiliária Merlin Properties fechou os primeiros nove meses do ano com um resultado líquido de 225,4 milhões de euros. No final do primeiro semestre, a empresa espanhola tinha apresentado lucros operacionais de 147,8 milhões de euros.
Quanto às receitas totais, a Merlin Properties, que está cotada na bolsa de Lisboa, reportou 383,6 milhões de euros – incluindo rendas brutas de 373,5 milhões de euros – entre janeiro e setembro, e um resultado operacional de 230,5 milhões de euros, a 41 cêntimos de euro por ação.
Em comunicado, a empresa refere que o EBITDA do período em análise ascendeu a 287,2 milhões de euros, enquanto o nível de endividamento (LTV) foi de 27,4%, tendo sido de 35% em 2023), com uma posição de liquidez de 2.522 milhões de euros. “100% da dívida é de taxa fixa e a maturidade média da dívida é de 4,6 anos”, sublinha
A Merlin Properties dá destaque, na mesma nota, à tendência de crescimento nos escritórios em receitas comparáveis, que aumentou 2,5%, e 1,7% em rendas de renovação.
“A taxa de ocupação mantém-se estável, com uma ligeira subida, e esperamos ultrapassar o nosso máximo histórico no final do ano, atingindo 93%. É de salientar o lançamento da remodelação integral de Azca com a assinatura de um acordo entre todos os grandes proprietários da zona e o município de Madrid”, acrescenta.
A empresa sublinha, ainda, o “bom comportamento da carteira logística, que registou um crescimento das rendas comparáveis de +3,2%, um aumento das rendas nas renovações (+4,6%) e uma taxa de ocupação de 97,9% que continuará a melhorar até ao final do ano”. “Em outubro, a Merlin assinou um pré-arrendamento, chave na mão, para a entrega de três unidade logísticas no Parque Logístico Lisboa Norte (Lisboa Logistics Park), envolvendo 134.695 m2. Quando a última unidade for entregue em 2027, o desenvolvimento do parque logístico estará concluído e totalmente ocupado. Assim, da carteira de terrenos (511 mil m2), 155.000 m2 estão pré-arrendados e 56 mil m2 têm cartas de interesse assinadas, que se traduzirão em pré-arrendamentos”, refere a empresa na mesma nota.
“No âmbito da Fase 1 dos data centers (60 MW), destaca a conversão em aluguer de uma reserva com um grande operador de inteligência artificial para um bloco 15 MW IT no Barcelona-Zona Franca (BCN01-PLZF), que passa a estar a 100% da sua Capacidade Máxima de Desenho. O efeito do edifício completo em rendas brutas de 2025 será de mais de 23 milhões de euros. Trata-se do maior contrato de aluguer de IT alguma vez assinado na Península Ibérica e do único data center dedicado inteiramente à IA, até à data, em Espanha e Portugal. No âmbito da Fase II dos data centers (200 MW), a licença de construção do BIO02-ARA deverá ser obtida no 4T24 e tem potência garantida para mais 94 MW”, acrescenta o comunicado.
A empresa espanhola terminou 2023 com uma receita total de 483 milhões de euros e lucros operacionais de 284,2 milhões de euros.
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