A ministra da Justiça, Rita Alarcão Júdice, comentou o estado do ministério quando chegou ao cargo, durante a audição que decorre no Parlamento esta quarta-feira.
“Quando a 2 de abril tomei posse como ministra da Justiça, estava longe de imaginar que o nível de insuficiências atingiam as prisões, os tribunais, as conservatórias ou os centros educativos”, sublinhou.
Para a governante, “a realidade superava qualquer discurso batido de falta de meios para a Justiça”. “Encontramos prisões com problemas de abastecimento de água, edifícios sem condições físicas para acolher funcionários, carrinhas de transporte de presos avariadas a caminho do tribunal, elevadores parados em edifícios com sete andares e, a tudo isto, se somava a greve de mais de um ano dos funcionários judiciais, a greve dos guardas prisionais, a greve dos profissionais de registo”.
“Foi grande a surpresa ao descobrir que o fundo destinado a promover projetos de modernização nesta área tinha sido esvaziado em vinte milhões para pagar salários que não mais tinham sido repostos”, referiu.
A ministra disse ainda que “de herança tinha-nos sido entregue um conjunto de diplomas que apontavam para diversos investimentos que nunca foram concretizados”.
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