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Ministro da Educação assume necessidade de melhorar salários dos professores nos primeiros escalões

Fernando Alexandre salienta que a progressão salarial não tem de ser igual para todos os docentes e que por isso é preciso haver negociações. “Temos, sobretudo de tornar a carreira muito mais atrativa à entrada”, refere em entrevista ao “Jornal de Notícias”.
Foto: Nuno Gonçalves/UMinho
Foto: Nuno Gonçalves/UMinho
15 Setembro 2024, 10h16

O ministro da Educação assume que é preciso melhorar as condições salariais dos professores nos primeiros escalões, ao mesmo tempo que revela em entrevista ao “Jornal de Notícias” este domingo, que esta progressão salarial não tem de ser igual para todos os docentes.

“As condições não têm de ser iguais para todos. Eu não estou a dizer que vai ser igual para todos, também não estou a dizer que vai ser diferente, vamos ter de negociar. Tem de haver algum incentivo a que os professores melhorem, que façam formação. Mas temos, sobretudo, isso é evidente nas análises internacionais, de tornar a carreira muito mais atrativa à entrada. O valor à entrada para quem entra na carreira é muito baixo. Isso é algo que eu vos posso dizer aqui: vamos ter de melhorar as condições salariais dos professores nos primeiros escalões”, afirma Fernando Alexandre.

Com o regresso às aulas a trazer o risco de milhares de alunos não terem docentes, o ministro salienta que neste momento não tem dados relativos ao número de professores reformados que decidiram regressar ou sobre aqueles que estão a adiar a reforma. “Sabemos que há centenas de professores que pediram informação sobre as condições para poderem regressar ou continuar, no caso daqueles que estão a atingir a idade de aposentação, mas só durante o mês de outubro e agora na segunda metade de setembro é que vamos ter, depois da consolidação do preenchimento dos horários com o concurso que ainda está a decorrer”, refere.

Por outro lado, Fernando Alexandre destaca que os professores que estão a atingir a idade da reforma têm um incentivo adicional para continuar. “Vão ter um acréscimo salarial de 750 euros e aqueles que não estão no topo da carreira vão ter a oportunidade de beneficiar da recuperação de tempo de serviço que estamos a fazer e que depois os poderá também beneficiar na reforma”, sublinha.

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